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Funcionários e alunos

Polícia investiga intoxicação de 103 pessoas em escola do Rio de Janeiro

Agência Brasil
15 mar 2014 às 10:43

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando as circunstâncias em que 103 pessoas se intoxicaram nesta sexta-feira (14) em uma escola de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, possivelmente após o acionamento de um dispositivo com efeitos semelhantes aos dos detonadores de gás de pimenta. De acordo com a Polícia, o registro da ocorrência na Escola Inayá Moraes do Couto foi feito na 128ª Delegacia Policial por uma representante da Secretaria de Educação do municipio.

O delegado Diogo Teixeira Schettini pediu uma lista completa com os nomes das pessoas que estavam na escola e possam ajudar na investigação. Schettini disse que tentará localizar câmeras de segurança nas proximidades da escola para analisar as imagens e identificar possíveis suspeitos.

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A secretária de Saúde, Ana Cristina Guerrieri, que também é pediatra, informou à Agência Brasil que, no pronto-socorro, foram atendidas 48 pessoas, entre funcionários e alunos, com idade acima de 13 anos. Para a emergência pediátrica do Hospital Municipal, foram levados 55 alunos com menos de 13 anos. "Alguns precisaram de soro, outros de nebulização e alguns foram apenas examinados, até porque, em uma situação dessas, há pânico, mas, às 13h, todos já estavam liberados."

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Ana Cristina disse que, diante do grande número de pessoas intoxicadas foram deslocados médicos de outras unidades hospitalares para reforçar o atendimento. "Sou médica e tenho dois subsecretários, também médicos, e todos nós nos envolvemos. Mobilizamos equipes e chamamos médicos que estavam em outros setores, até para dar conta de uma demanda muito superior à do cotidiano em um curto espaço de tempo", explicou.

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Os bombeiros foram os primeiros a prestar atendimento às pessoas intoxicadas. O comandante da PM em Rio das Ostras, capitão Rafael Brazão, disse à Agência Brasil que, por volta das 9h, o pai de uma criança procurou o quartel, que fica perto da escola, e informou o que estava acontecendo. Quando os bombeiros chegaram, os funcionários e os alunos, em pânico, reclamavam de irritação nos olhos, queimação na garganta, enjoo e falta de ar. Todos foram levados para o atendimento médico em ambulâncias da prefeitura e em três vans de motoristas particulares que se dispuseram a ajudar.


Segundo Brazão, os bombeiros fizeram uma vistoria em todas as instalações e não encontraram qualquer artefato capaz de ter provocado o problema e descartaram a possibildade de vazamento de gás de cozinha. "Olhamos lá e não encontramos nada que indicasse qual o produto químico que foi acionado na escola. A suspeita é que tenha sido no banheiro, mas não encontramos nenhum dispositivo. Gás [GLP], temos certeza de que não foi, porque ele não provoca essa reação no organismo – irritar os olhos e causar asfixia – e verificamos que não tinha vazamento."


Para o comandante, o tipo de intoxicação lembra a que é causada pelo gás de pimenta. "A irritação nos olhos e nas vias respiratórias é própria desse tipo de spray. O spray de pimenta é mais fácil de ser encontrado e comprado que qualquer outro tipo de gás", afirmou. Brazão disse que o atendimento inicial e a fiscalização na escola foram feitos por 16 bombeiros e que não foi preciso chamar profissionais de outros quartéis para ajudar.

Em nota, a prefeitura de Rio das Ostras informou que a escola funcionou normalmente à tarde, depois que os bombeiros descartaram a possibilidade de risco para os alunos e funcionários.


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