De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), a alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no Brasil. O mesmo estudo indica que um em cada três casos de câncer poderia ser evitado com a adoção de uma dieta saudável, controle de peso e prática regular de atividade física. Essas estatísticas ressaltam a importância da adoção de hábitos alimentares no combate a diversos tipos de cânceres, principalmente o câncer de intestino.
No Brasil, entre os tipos mais comuns de câncer, o câncer de intestino ganha destaque, sendo que o número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto no triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos, correspondendo a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. “Infelizmente as estimativas de câncer continuam subindo ano a ano. A boa notícia é que é possível ter uma vida longa e saudável com a adoção de práticas saudáveis, principalmente relacionadas à alimentação”, afirma a nutricionista da Pro Onco, Oncoclínicas Londrina, Dolores Martins Cardoso.
Ela explica que a conexão entre a alimentação e o câncer não é mero acaso e sim complexa e profunda que merece toda a nossa atenção. “É importante ressaltar que a relação entre alimentação e câncer é complexa, envolvendo múltiplos fatores, incluindo a influência genética, o estilo de vida e os hábitos alimentares. No entanto, a ciência tem acumulado evidências sólidas de que certos alimentos e escolhas alimentares podem influenciar positivamente o nosso risco de desenvolver câncer”, conta.
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IMPACTO SIGNIFICATIVO
Nesse panorama, ter uma alimentação rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e evitar os alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou para aquecer, bebidas adoçadas, entre outros, pode prevenir o câncer.
“As escolhas alimentares que fazemos todos os dias podem ter um impacto significativo em nosso risco de desenvolver câncer, por isso devemos ter em mente que a alimentação deve ser saborosa, respeitar a cultura local, proporcionar prazer e incluir alimentos regionais. Além disso, ser fisicamente ativo, manter o peso corporal adequado e não consumir bebidas alcoólicas também ajudam a prevenir a doença”, afirma a nutricionista.
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