Um estudo realizado pela Universidade de Harvard (EUA) afirma que uma das possíveis razões do Alzheimer é a falta de uma determinada proteína, antes só detectada em fetos.
Os cientistas afirmaram que a proteína, chamada 'Rest', protege os neurônios contra o envelhecimento e o estresse. Pessoas que desenvolveram algum tipo de doença degenerativa raramente tinham a proteína no organismo.
"Nosso trabalho analisa também a possibilidade da presença desta proteína, que está associada à prevenção das doenças degenerativas, pode não ser suficiente e que as falhas do sistema cerebral que responde ao estresse também conta", explica Bruce Yankner, coordenador da pesquisa e professor de genética da Harvard Medical School.
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O método utilizado pela pesquisa consistiu em analisar os mecanismo de defesa que o cérebro utiliza para combater as doenças degenerativas. A conclusão foi que pessoas que possuíam mais dessa proteína, demonstravam mais resistência à doença. "Se pudéssemos usar remédios para ativar esta rede de genes que protege o cérebro contra o estresse seria possível intervir na fase inicial da doença", ressalta Yankner.
O especialista ainda destaca a importância desta pesquisa que abre caminho para novos estudos acerca de uma nova perspectiva.
O próximo passo é investigar se a deficiência de Rest é causa ou efeito da deterioração do cérebro.
Nos Estados Unidos, o Alzheimer atinge cerca de 5 milhões de pessoas. A estimativa é que, até 2030, a doença atinja mais de 70 milhões de pessoas pelo mundo todo.
(Com informações do Portal Terra)