Para o torcedor brasileiro qualquer jogo do Brasil na Copa do Mundo significa 90 minutos de pura emoção. Gritos, nervosismo, lágrimas e muita torcida. Passa o susto e de novo os olhos estão grudados na tela, o torcedor sente o peito bater forte a cada jogada. Para você ter uma idéia, a freqüência cardíaca normal de um adulto em repouso é de 80 batimentos por minuto (bpm). Durante uma partida de futebol, esse índice pode chegar fácil, fácil a 180 bpm.
Cardiologista do Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas de São Paulo, explicam que estes batimentos correspondem aos do coração de uma pessoa que está correndo. Esse aumento dos batimentos e da pressão arterial representa um sério risco para cardiopatas, hipertensos, diabéticos, fumantes e sedentários.
Os médicos recomendam que pessoas mais ansiosas ou que apresentem quadros de saúde alterados devem ter cuidado. Há até quem precise se prevenir tomando calmantes para controlar a ansiedade e o estresse provocado pelas fortes emoções. Mas é importante lembrar: somente um profissional especializado pode diagnosticar e prescrever esses medicamentos.
Leia mais:
Hospital Zona Norte faz mutirão noturno de cirurgias eletivas em Londrina
Como ficará a dedução dos gastos com saúde após as mudanças no Imposto de Renda?
Envelhecimento da população ampliará demanda por gastos com saúde, projeta Tesouro
Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM
A Copa do Mundo é uma maratona emocional para os brasileiros. Ainda mais quando os resultados são magrinhos, suados. Saiba o quanto sofre seu coração nos dias em que o Brasil entra em campo e vence - ou pior - perde!.
Na vitória - Passado o sufoco do jogo, vem o alívio. Ganhar é sempre bom. E a emoção da vitória raramente causa danos, dizem os cardiologistas. Felicidade e comemoração fazem bem a qualquer um. Prova disso é um estudo francês feito na final da Copa de 1998, que revelou redução nos índices de mortalidade por infarto no dia em que o país sagrou-se campeão do mundo enfrentando o Brasil.
Na derrota - Quando o Brasil perde, os mais fanáticos devem se controlar para não sofrer em excesso. Nas situações de derrota os batimentos cardíacos e a pressão arterial estão lá em cima e a tristeza intensa pode ser um veneno para o coração, ressaltam os médicos. Pesquisadores ingleses comprovaram isso quando a seleção inglesa foi eliminada na Copa de 1998. Nos dois dias seguintes à partida contra a Argentina houve um aumento de 25% no atendimento de pacientes (homens e mulheres) com infarto agudo do miocárdio.