O Ministério da Saúde divulgou uma nota no final da tarde desta quinta-feira (09) confirmando a detecção do primeiro caso da varíola do macaco no país.
Segundo a nota, a pasta, por meio da Sala de Situação e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Nacional, segue em articulação direta com o estado de São Paulo e com a capital paulista para monitoramento do caso e o rastreamento dos contatos. "Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas desde a internação do paciente", disse o ministério.
O caso se refere a um homem de 41 anos, residente na cidade de São Paulo, com histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, desde a última segunda-feira (6) e se encontra em bom estado clínico. As secretarias informam que todos os contatos desse paciente também estão sendo monitorados.
Leia mais:
Deborah Blando revela que tem fibromialgia há 36 anos
Estudo aponta alta letalidade de cânceres relacionados ao tabaco
Anvisa estabelece novas regras para manipulação de implantes hormonais
75% dos fumantes de cigarro eletrônico sofrem de ansiedade, diz estudo
A confirmação do caso só ocorreu na tarde de hoje, após a realização de exames feitos pelo Instituto Adolfo Lutz.
As secretarias investigam e monitoram ainda o caso de uma mulher de 26 anos que também vive na cidade de São Paulo. A paciente está internada em um hospital público da cidade é mantida em isolamento e seu quadro de saúde é estável. Esse caso foi notificado no dia 4 de junho.
Na quarta-feira (8), o Ministério da Saúde informou que estava monitorando oito casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil.
Sobre a doença
A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
“O Monkeypox causa uma doença mais branda que a varíola (Smallpox), mas em alguns pacientes de risco, como imunossuprimidos e crianças, ela pode se desenvolver de forma mais grave”, afirma a diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso, em comunicado no site do instituto.
De acordo com a secretaria, os primeiros sintomas associados à doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De 1 a 3 dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
O Instituto Butantan informou que essas lesões na pele evoluem em cinco estágios: mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final, quando as feridas caem. A transmissão do vírus ocorre, principalmente, quando há contato com essas lesões.
Para prevenir a doença, a secretaria destaca que é importante evitar contato próximo ou íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado; evitar o contato com quaisquer materiais que tenham sido utilizados pela pessoa doente; e higienizar as mãos, lavando-as frequentemente com água e sabão ou álcool gel.
Vacina
A vacina aplicada contra a varíola humana (smallpox) mantinha alguma proteção contra a varíola dos macacos (monkeypox). Mas, segundo o Instituto Butantan, esse imunizante deixou de ser aplicado há muito tempo, já que a varíola humana foi erradicada no início da década de 1980. Com isso, pessoas com idade inferior a 40 anos nunca foram imunizadas no Brasil.
O Butantan informa que, atualmente, há uma vacina contra a varíola humana, indicada também contra a varíola dos macacos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavária Northean. No entanto, essa vacina não é produzida em larga escala, ou seja, não há um número de doses suficiente para distribuição em escala mundial.
Ministério da saúde
O Ministério da Saúde divulgou uma nota no final da tarde de quinta-feira (09) confirmando a detecção do primeiro caso da varíola do macaco no país.
Segundo a nota, a pasta, por meio da Sala de Situação e do Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) Nacional, segue em articulação direta com o estado de São Paulo e com a capital paulista para monitoramento do caso e o rastreamento dos contatos. "Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas desde a internação do paciente", disse o ministério.