Uma notícia sobre uma família de Londrina que estaria com suspeita de coronavírus deixou muita gente preocupada nas redes sociais durante o fim de semana. A postagem informava que uma família londrinense voltou recentemente da China e estava sendo monitorada por começar a ter sintomas semelhantes aos do coronavírus.
A reportagem procurou o secretário Municipal de Saúde, Felippe Machado, que existe uma série de critérios definidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Infectologia para poder classificar o caso como suspeito de coronavírus. "Em Londrina, não temos nenhum caso suspeito notificado ao Ministério da Saúde", afirmou.
De acordo com Machado, realmente uma família de Londrina, que estava em viagem, passou por Hong Kong. "Apenas isso. O que é muito longe de estarem com suspeita de coronavírus", reforçou. Para o secretário, essas notícias acabam criando um alarme na população sem necessidade. "Nossa equipe fez contato com essa família e prontamente foi descartada a possibilidade de ser classificado sequer como suspeito", ressaltou.
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Caso aconteça da cidade ter alguma suspeita, Machado informa que será preciso seguir o protocolo da OMS e do Ministério da Saúde. Além disso, segundo ele, os hospitais da cidade já estão se adequando para o atendimento. "Em especial, equipamentos de proteção individual e leitos de isolamento", acrescentou. "Reforço que Londrina não tem casos suspeitos. Não temos motivos para pânico, nem alarde".
Casos confirmados e suspeitos
No último sábado (1º), a OMS divulgou a atualização do número de casos confirmados de coronavírus em todo o planeta. São 14.380 casos. São 304 mortes na China pela doença. As informações são da Agência Brasil. Ainda conforme o balanço divulgado pela OMS, o segundo país a apresentar o maior número de casos confirmados foi a Tailândia (19 pessoas), seguido pelo Japão (17), Cingapura (16), Austrália (12), Coreia (12), Malásia (8), Alemanha (7), Estados Unidos (7), França (6), Vietnã (6), Canadá (4), Emirados Árabes Unidos (4), e Itália, Reino Unido e Rússia (2 casos cada). Camboja, Espanha, Filipinas, Finlândia, Nepal, Sri Lanka, Suécia e Índia registraram um caso cada. Segundo a OMS, os casos da China incluem os confirmados em Hong Kong (13), Macau (7) e Taipei (10).
O Brasil registra 16 casos suspeitos, de acordo com o Ministério da Saúde. Outros dez casos foram descartados. São Paulo contabiliza o maior número de suspeitas. São oito casos em análise. Duas suspeitas já foram descartadas anteriormente. Em seguida está o Rio Grande do Sul, com quatro suspeitas e três descartados. Santa Catarina investiga duas suspeitas. Dois outros casos também já foram descartados. Paraná e Ceará também estão na lista, conforme a Saúde, com um caso suspeito cada.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas do coronavírus, segundo o Ministério da Saúde, são semelhantes aos da gripe: febre, tosse e dificuldade para respirar. Caso a Saúde defina um caso como suspeito, o paciente deverá usar máscara cirúrgica e ficar em quarto privativo. "O profissional de saúde deve coletar as amostras respiratórias e encaminhar os casos graves para um hospital de referência para isolamento e tratamento", pontuou o Ministério da Saúde.
O diagnóstico do novo coronavírus, segundo a Saúde, é feito com a coleta de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do novo coronavírus. As duas amostras serão encaminhadas com urgência para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.