Dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde mostram que no mês de setembro foram confirmados 68 novos casos de gripe no Paraná. O número é bem menor do que o registrado em julho, quando houve 536 casos, e confirma a tendência de queda no Estado apontada no boletim informativo da gripe divulgado em setembro.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que o monitoramento realizado no Paraná é um dos mais completos do país e possibilita que as autoridades de saúde acompanhem de perto o comportamento dos vírus respiratórios presentes no Estado.
"É importante saber quais tipos de vírus estão circulando e em quais regiões eles estão causando mais casos. Estas informações subsidiam nossas ações de controle e permitem uma intervenção mais imediata", destacou o superintendente.
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Além disso, o monitoramento traça o perfil das pessoas que estão morrendo por gripe no Paraná. Desde o início do ano foram registrados 1.542 casos e 61 mortes pela doença em todo o Estado. Três delas foram confirmadas nesta semana e dizem respeito a pacientes de Curitiba, Cascavel e Santa Cruz do Monte Castelo.
Das novas mortes, dois pacientes tinham doenças crônicas que prejudicaram o tratamento contra a gripe. Com isso, sobe para 37 o número de mortes por gripe ligadas a algum tipo de problema crônico, como doenças cardíacas, respiratórias e neurológicas.
Segundo a médica e coordenadora do Centro de Informações e Respostas Estratégicas as Emergencias de Vigilância em Saúde, Miriam Woiski, o dado ressalta a importância da prevenção, principalmente para essas pessoas que têm a saúde mais frágil. "Os doentes crônicos têm direito à vacina na rede pública e o que percebemos é que muitos deles não buscaram se imunizar durante a campanha", disse a médica.
Outro fator comum na maioria das mortes foi a busca tardia por atendimento. Ao todo, 52 mortes foram de pessoas que procuraram atendimento médico somente três dias após o início dos sintomas, o que diminui a eficiência do tratamento.
Estudos mostram que o medicamento Oseltamivir, indicado para o tratamento contra a gripe, é mais eficaz se aplicado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Por conta disso, a população deve ficar atenta mesmo agora que o número de casos vêm caindo.
"Sintomas como febre alta, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço e calafrios são sinais de alerta. Quando a pessoa também sente dificuldades para respirar, é um indício que a situação já está grave e ela deve ser encaminhada imediatamente à unidade de saúde mais próxima", explica Miriam.
Conheça as principais medidas de prevenção da gripe:
- Lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão
- Evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar
- Manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas