A partir de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde irá interromper os atendimentos em fitoterapia prestados em unidades básicas de saúde de Londrina. O Programa de Fitoterapia foi implantado em 2003 na rede municipal e hoje, o custo anual de manutenção é de R$ 720 mil.
"A gente tem que fazer escolhas. Na saúde, tem muitas coisas que são interessantes e que são às vezes até importantes, mas têm muitas coisas que são essenciais", disse o secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin. "E na hora de gastar o dinheiro que não é nosso, que é dinheiro público, primeiro tem que pensar no essencial depois a gente vê aquilo que é interessante, o que a gente gostaria de estar executando", acrescentou.
Apesar da suspensão do Programa de Fitoterapia, o secretário garantiu que nenhum paciente que recebe atendimento fitoterápico nas unidades municipais ficará desamparado. "Os pacientes vão ser devidamente direcionados pelo programa e acompanhados pelas unidades básicas de saúde e aquilo que for necessário é obvio que vamos fazer", destacou Martin. "Mas não tenho condições de manter o programa no mesmo ritmo. Ele custa R$ 720 mil ao ano", reforçou.
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O secretário justificou que a nova organização de horários nas unidades básicas de saúde na zona rural é para reduzir os gastos com horas extras. E afirmou que o atendimento está "fluindo tranquilamente" e que "o movimento na parte da tarde é diminuto nas UBS da zona rural".
Segundo Martin, a redução foi baseada em um levantamento da movimentação nestas unidades de saúde. "A mudança foi onde de fato tem um movimento menor. Está sendo feito de forma programada e devidamente pensada. Estamos terminando a semana sem problemas", disse.
Os novos horários serão mantidos pelo menos por cinco meses e depois serão reavaliados. Além dos cortes nas horas extras, a secretaria mudou o horário de atendimento na sede administrativa, na Diretoria de Vigilância em Saúde e na Diretoria de Logística. Dessa forma, a expectativa é reduzir também os gastos com água, luz, telefone, combustível e impressos.
Com as alterações, a expectativa do secretário é economizar cerca de R$ 4,5 milhões até o final do ano. "Se não fizer assim vou ficar o resto da vida pagando horas extras e sem condições de contratar gente, porque não sobra dinheiro", declarou o secretário.