Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
CoronaVac

Vacina chinesa contra covid-19 começa a ser testada nesta terça-feira em SP

Agência Brasil
20 jul 2020 às 14:36

Compartilhar notícia

- Divulgação/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A vacina chinesa contra o novo coronavírus, chamada de CoronaVac, começará a ser testada em voluntários brasileiros a partir desta terça-feira (20). A vacina será aplicada em 890 voluntários da área da saúde do Hospital das Clínicas, na capital paulista.

A vacina é aplicada em duas doses. A primeira delas começa a ser aplicada amanhã. A outra dose será aplicada após 14 dias. Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas que são agendadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase 3 de testes em até 90 dias.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo.

Leia mais:

Imagem de destaque
Porecatu

Saúde investiga circulação do vírus causador da Febre do Nilo no norte do Paraná

Imagem de destaque
Dados do Ministério da Saúde

95% das pessoas diagnosticadas com HIV no Brasil não transmitem a doença

Imagem de destaque
Preocupante

Chikungunya matou mais até agosto deste ano do que em todo 2023, alerta Fiocruz

Imagem de destaque
Veja os bairros

Cambé promove mutirão de limpeza contra a dengue na região do Novo Bandeirantes neste sábado


Os testes serão acompanhados por uma comissão de pesquisadores internacionais, que terão acesso à plataforma científica para observar o andamento e garantir transparência em todo o processo.

Publicidade


Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan a partir do início do ano que vem, com mais de 120 milhões de doses, o suficiente para vacinar cerca de 60 milhões de brasileiros.


"A partir do fechamento do estudo, que deve acontecer em setembro, entramos na fase de acompanhamento, que é muito contínua. A qualquer momento, a partir daí, poderemos ter a abertura parcial do estudo que indique a sua eficácia. Se esse estudo for concluído antes do final deste ano – e essa é uma expectativa real – poderemos ter essa vacina disponível para a população brasileira já no início do próximo ano”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Publicidade


Segundo o governador de São Paulo, João Doria, a vacina, caso seja aprovada, será destinada a todos os brasileiros. "Isso será feito através do Sistema Único de Saúde, universal e gratuito a todos os brasileiros. O Instituto Butantan terá todo o domínio da tecnologia. É isto que prevê o acordo com o laboratório Sinovac."


As doses da vacina chegaram nesta madrugada no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Esta vacina contra o coronavírus é desenvolvida pela Sinovac, sediada na China, e tem parceria com o Instituto Butantan. A carga inicial com 20 mil doses da vacina está aguardando liberação pela alfândega. Depois disso, o medicamento será inspecionado na sede do instituto. Em seguida, será distribuída aos 12 centros de pesquisa que serão responsáveis pelo recrutamento, aplicação e acompanhamento dos voluntários.

Publicidade


"Hoje é um momento histórico para a ciência brasileira. Chegaram em São Paulo, nesta madrugada, 20 mil doses da vacina CoronaVac, e agora elas seguem para a sede do Instituto Butantan. E a partir de amanhã, começam a ser testadas”, falou Doria.


CORONAVAC

Publicidade


A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada de "etapa clínica”, onde é feita a testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.


A vacina é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos inofensivos do vírus. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. No teste, metade das pessoas receberão a vacina e metade receberá placebo, uma substância inócua e sem efeitos químicos. Os voluntários não saberão o que vão receber. Esse método de testagem é chamado de "testagem cega”, e permite saber se há realmente efeitos físicos e químicos no uso da medicação ou se a melhora acontece simplesmente por ação do organismo.

Publicidade


O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, está bastante otimista com o sucesso da CoronaVac. "Podemos ter aqui no Brasil a primeira vacina a ser usada em massa. E em termos temporais, isso é muito favorável. Estamos no meio de uma epidemia, temos muitos casos e esse é o cenário ideal para testarmos essa vacina”, afirmou.


APLICAÇÃO DA VACINA


Os voluntários para o teste começaram a ser recrutados na semana passada, com o lançamento de uma plataforma pelo governo paulista onde eles puderam se inscrever. Apenas profissionais da saúde que ainda não tiveram a doença e que atuam com pacientes diagnosticados com covid-19 poderão participar. Para atender aos critérios, esses profissionais da saúde não poderão ter outras doenças e nem estar em fase de testes para outras vacinas. As voluntárias também não poderão estar grávidas.

Segundo o governo paulista, mais de 1 milhão de pessoas se inscreveram na plataforma para participar dos testes.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo