Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova vacina conjugada para a prevenção da meningite dos tipos A, C, W e Y, com uma dose a partir dos 12 meses de vida e sem limite de idade. Na rede privada já há uma disponível para esses sorogrupos, mas ela é indicada apenas a partir dos 2 anos de idade.
O estudo feito com crianças entre 12 e 23 meses de idade revelou eficácia de 99,7% da vacina para os sorogrupos A e C e de 100% para os sorogrupos Y e W-135. Os resultados também indicaram que a resposta imune se manteve alta após dois anos de vacinação para todos os sorogrupos.
- Os dados sobre a necessidade de renovação ainda não são conclusivos. Sabemos somente que, quanto mais tardia é a vacinação, pior - afirmou o pediatra Marco Aurélio Sáfadi.
Leia mais:
Hospital Zona Norte faz mutirão noturno de cirurgias eletivas em Londrina
Como ficará a dedução dos gastos com saúde após as mudanças no Imposto de Renda?
Envelhecimento da população ampliará demanda por gastos com saúde, projeta Tesouro
Denúncias contra médicos por receita de hormônios cresceram 120% em um ano, diz CFM
A bactéria causadora da doença é transmitida pela secreção respiratória - ou seja, gotículas de saliva, espirro, tosse - e tem uma incubação muito rápida. Entre as possíveis consequências estão a surdez e a epilepsia. Em casos mais graves, o mal pode até ser fatal.
Sáfadi alerta que a prevenção pela aplicação da vacina deve ser iniciada o mais precocemente possível, já que a maior taxa de incidência é nas crianças, pela ausência de anticorpos.
Outros grupos que correm grande risco são os adolescentes - por estarem mais sujeitos a frequentar locais com grande aglomeração e por terem mais probabilidade de beijar na boca -, além de pessoas com problemas no sistema imune, como portadores de HIV e diabéticos.
Mas, para o pediatra, a principal vantagem da nova vacina é que ela oferece a possibilidade de expandir a proteção da doença meningogócica para todas as idades.
(Com informações portal o globo)