Durante esta época do ano, muitos optam por substituir a carne vermelha por carne de peixe. No entanto, não é apenas na Páscoa que os pescados devem entrar para o cardápio. Eles são fundamentais para uma dieta saudável. Quem orienta é a nutricionista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Adriana Zupo Domeneghetti.
De acordo com a especialista, inúmeros estudos comprovam que o consumo regular de peixe, no mínimo três vezes por semana, auxilia no controle de doenças cardiovasculares. Saborosos e ricos em nutrientes e vitaminas, os pescados podem ainda prevenir alguns tipos de cânceres, diminuir a incidência da aterosclerose e controlar desordens inflamatórias.
A maioria dos peixes é fonte de proteínas, fósforo, iodo, cobalto e cálcio, além de conter vitaminas A, D, E e do complexo B. "Ricos em ômega-3 os pescados ajudam a controlar os níveis de triglicerídeos e a pressão sanguínea. Esse nutriente ainda atua no mecanismo de coagulação sanguínea, na regulação no ritmo cardíaco e controla a agregação plaquetária nas artérias, evitando o entupimento das mesmas. Isso impacta diretamente na saúde do coração", revela.
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Água fria
Os peixes que concentram a maior quantidade de ômega-3 são os de água fria, como arenque, cavala, salmão e atum. Vale lembrar que o bacalhau, prato tradicional nos almoços de Páscoa, não tem os benefícios dos outros pescados. "Diferente de outros peixes, as espécies usadas no preparo do bacalhau armazenam a gordura benéfica nas vísceras, parte que não costuma ser consumida. Sendo assim, seu consumo não traz benefícios. Pelo contrário, por possuir altos teores de purinas e de sódio, comer muito bacalhau pode elevar o ácido úrico", destaca Adriana.
A nutricionista explica ainda que o modo de preparo não altera o valor nutricional dos pescados, que podem ser feitos de diversas maneiras. "Apenas evite frituras, pois elas aumentam o teor de gorduras ruins, anulando os benefícios para o coração. Receitas feitas no forno são as mais indicadas", observa.