Uma pesquisa da Universidade de Washington e do Monell Chemical Senses Center nos Estados Unidos, mostrou que crianças que preferem doces a salgados, em especial as massas, crescem mais rápido do que as crianças que têm uma alimentação mais equilibrada quanto a estes dois nutrientes.
Mais de 140 adolescentes de 11 a 15 anos participaram do teste. Eles receberam seis bebidas, dois caldos salgados e outras 4 com conteúdo crescente de açúcar, e foram instruídos a dar notas para elas, dizendo se achavam as misturas doces, médias ou levemente salgadas.
Os cientistas examinaram amostras de urina em busca de algum indício químico que justificasse o crescimento ósseo, verificado nos pacientes que mostraram preferência pelas bebidas doces durante os seis anos de estudos.
Para os pesquisadores, o crescimento ósseo nestes pacientes se deu graças a uma substância chamada lisina, um aminoácido que o organismo não produz. Quando ingerimos açúcares presentes em doces e carboidratos, estimulamos o organismo a converter aminoácidos primários em lisina, evitando danos pela falta da substância.
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A lisina é importante para a formação dos ossos em razão de sua capacidade de aumentar a absorção intestinal de cálcio, bem como seu papel na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, na formação do colágeno e das fibras musculares e na regeneração dos tecidos. A falta deste aminoácido pode causar anemia, dificuldade de concentração, retardo no crescimento, diminuição do apetite e perda de peso, entre outros distúrbios.
A conclusão dos pesquisadores é de que crianças e adolescentes com maior preferência por doces crescem mais rápido que os demais, porém, este gosto parece declinar com a idade. Os médicos alertam ainda para os cuidados com excessos. Embora saudável e necessário, o consumo excessivo de doces pode levar à obesidade e ao diabetes.