Nada melhor do que comer aquele chocolate delicioso sem sentir algum tipo de culpa. Com a páscoa chegando, os desejos por guloseimas só aumentam, principalmente, quando vamos ao supermercado e vemos aquelas fileiras enormes de ovos de páscoa expostos para o consumidor escolher aquele que mais lhe agrada.
Entretanto, nesta época muitas pessoas exageram na quantidade de doce, e por outro lado, tem aqueles que preferem eliminar de vez qualquer tentação e não comer nenhum pedacinho de chocolate nesta data que é tão querida pelos brasileiros. Mas, os especialistas sempre dizem que a restrição leva a compulsão, então, reprimir a vontade não é o ideal. O mais importante é encontrar um equilíbrio, afinal, comer um pedaço de chocolate de vez em quando não faz mal a ninguém, desde que o consumo seja moderado.
Dieta e chocolate combinam?
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Parece que muitos brasileiros acreditam que a reposta para esta pergunta é sim, pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Banca do Ramon. O levantamento intitulado como "Hábitos alimentares dos brasileiros – preferências, dietas e tendências de consumo", mostra que 55% dos brasileiros que fazem algum tipo de dieta optam em comprar chocolate com maior teor de cacau para não sair do regime.
De acordo com a nutricionista consultora da Banca do Ramon, Nathália Gazzarra, o ponto é exatamente esse, quanto mais cacau, melhor para a saúde. "Existe uma substância antioxidante, presente nas sementes do cacau, chamada flavonoides, que ajudam a combater os radicais livres e age como protetor cardiovascular. Os flavonoides reduzem a oxidação do LDL (colesterol ruim) o que diminui a deposição nas paredes dos vasos sanguíneos. Os benefícios dependem da quantidade de flavonoides presentes no chocolate. Quantidades mais significativas só são encontradas em chocolates que possuem 60% a 70% de cacau na composição. Já o chocolate ao leite, apresenta quantidades muito pequenas e o chocolate branco não apresenta antioxidantes, pois não contém massa de cacau. O segredo está na escolha de comprar o produto certo e consumir com moderação", comenta.
Algumas diferenças
Como bem explicitado pela nutricionista, os chocolates amargos são os mais indicados pelos especialistas, mas também existe no mercado alguns que são consumidos por quem está em algum tipo de dieta, então, é importante saber a diferença entre eles para identificar qual é o melhor para cada perfil.
Veja a seguir:
Chocolate zero
O fato de ser zero, não significa que todo mundo pode comer e que não vai prejudicar a saúde. Pode ser zero gordura, zero lactose ou zero açúcar, por exemplo. Além disso, não quer dizer que é zero calorias, portanto, não é indicado para quem quer perder peso. Agora, para uma pessoa com diabetes, o indicado é que seja zero açúcar, neste caso, o chocolate não contém açúcar na composição e é adoçado com adoçante. Para um paciente intolerante a lactose, é indicado um chocolate zero lactose. É sempre muito importante olhar o rótulo, principalmente a lista de ingredientes.
Diet
De acordo com a especialista, o chocolate diet segue a mesma linha que o zero. "É recomendado para quem precisa fazer uma dieta restritiva por causa de alterações na glicemia, pré-diabetes e diabetes, já que ele não contém açúcar, porém, para ter o mesmo sabor, a indústria acaba por aumentar quantidade de gordura", detalha Gazarra.
Light
O chocolate light tem redução de pelo menos 25% de algum ingrediente quando é comparado ao chocolate ao leite. Para isso, os fabricantes retiram pelo menos 25% de algum outro nutriente, que pode ser a gordura ou açúcar. O ideal é sempre olhar a tabela nutricional do produto para saber o que realmente vai na composição do alimento, mas, de um modo geral, os que são lights, são os indicados para quem deseja perder peso.
Ainda assim, não significa que esses chocolates contem maior teor de cacau, visto que, é sempre algum outro ingrediente que é retirado ou diminuído. Entretanto, ao optar por um mais amargo, consequentemente, haverá menos conteúdo calórico.
Alimentos dos deuses
"O cacau ficou conhecido como o alimento dos deuses, pois além de ser cheio de nutrientes libera a serotonina no corpo, neurotransmissor que proporciona a sensação de bem-estar. Então, quando o chocolate é consumido moderadamente, pode trazer muitos benefícios", explica a especialista, como:
Alívio a TPM:
No período da tensão pré-menstrual, muitas mudanças acontecem no corpo feminino, uma delas é a queda de serotonina, substância produzida pelo triptofano e que é encontrado no chocolate. "É comum o corpo sentir falta de alguns nutrientes e desencadear desejos por alimentos que podem estimular a produção deles. No caso dos chocolates, ao consumi-los as áreas responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar no cérebro são acionadas, por isso tem essa ligação com a TPM", explica a nutricionista.
Aliado da beleza:
Não é à toa que o chocolate está presente em massagens, máscaras e até mesmo em cosméticos. Possui um alto poder de hidratação e combate os radicais livres, ajudando a evitar a oxidação das células.
Dá saciedade:
Para quem está de dieta isso é uma super vantagem. Junto com uma alimentação saudável e sem exageros no consumo de chocolates, o alimento pode ajudar a se sentir mais satisfeito, pois os ácidos fenólicos que estão presentes no cacau aumentam a produção do hormônio leptina, que aumenta a saciedade.
Ajuda a emagrecer
"Novamente, se for consumido de forma correta, o chocolate não precisa ser um inimigo da dieta. Por ser rico em cafeína, acelera o metabolismo e ajuda a queimar as calorias, no entanto, é sempre recomendado a versão amarga", atenua a profissional.
Estimula a concentração
A especialista explica que a cafeína estimula a memória e desempenho mental de um modo geral. "O cacau contém flavonoides que ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro e a cafeína aumentado o estado de alerta, esses compostos estão mais presentes no chocolate amargo. Porém, é importante tomar cuidado, a versão com mais cacau também deve ser consumida com cautela, apesar de trazer muitos benefícios, o chocolate ainda tem calorias e pode se prejudicial, se consumido exageradamente", finaliza a nutricionista.