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Doença crônica

Obesidade precisa de tratamento por toda a vida

Redação Bonde
18 nov 2011 às 08:05

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Acompanhamento médico deve permanecer durante todo o tratamento - Reprodução
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A população brasileira está cada vez mais obesa, e o médico é hoje a principal autoridade para ajudar no combate a essa doença. Segundo o Dr. Paulo Giorelli, médico nutrólogo e diretor do Departamento de Obesidade e Síndrome Metabólica da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), o excesso de peso e a obesidade são doenças crônicas que precisam de tratamento e já atingem 50% da população brasileira.

"O tratamento da obesidade é semelhante ao de doenças como diabetes ou hipertensão, ou seja, não há cura e o tratamento é para o resto da vida. Se o tratamento for suspenso, os sintomas voltam", explica o médico nutrólogo.

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De acordo com Giorelli perder peso não é fácil, assim como manter o peso adequado. Com metabolismos e rotinas diferentes, as pessoas também precisam de estímulos diferentes para manter o organismo saudável, que vão além da força de vontade. "É aí que entra o papel do médico", comenta.

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Do diagnóstico ao tratamento

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Durante uma consulta, o médico nutrólogo realiza avaliação nutrológica do paciente, identificando os hábitos alimentares, exame de porcentagem de gordura corporal, massa magra, água e avalia o nutrograma, perfil de cada nutriente. Outro procedimento importante é a medição da circunferência abdominal: quanto maior o tamanho, maior a quantidade de gordura visceral, que corresponde ao acúmulo de gordura dentro das vísceras.


Após todos os exames clínicos, o médico prescreve o melhor tratamento com indicações para a prática de atividade física, orientação alimentar e, quando necessário, a associação de medicamentos. "O acompanhamento médico deve permanecer durante todo o tratamento. Pois, em certos casos, se os objetivos não forem alcançados, o tratamento medicamentoso deve ser alterado ou suspenso", explica o médico nutrólogo.

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Proibição dos inibidores de apetite


"Com a proibição dos medicamentos dietilpropiona, femproporex e mazindol, milhões de brasileiros obesos estarão parcialmente desassistidos, pois não há substitutos no mercado para estas substâncias. Após a retirada desses medicamentos, os brasileiros que os utilizam podem aumentar de peso e, consequentemente, elevar a incidência das doenças crônicas, prejudicando ainda mais a saúde publica brasileira.

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"Sem tratamento adequado, estes pacientes terão de recorrer a métodos mais agressivos, como a cirurgia bariátrica, e lotarão todo o sistema de saúde por causa das doenças causadas pela obesidade", diz o Dr. Giorelli. Ele acrescenta que "uma perda de apenas 5% a 10% do peso corporal reduz de forma significativa as doenças causadas pela obesidade".


Sobre a ABRAN

A ABRAN é uma entidade médica científica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina. Fundada em 1973, dedica-se ao estudo de nutrientes dos alimentos, decisivos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da maior parte das doenças que afetam o ser humano, a maior parte de origem nutricional. Reúne mais de 3.200 médicos nutrólogos associados, que atuam no desenvolvimento e atualização científica em prol do bem estar nutricional, físico, social e mental da população.


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