O drama vivido por Renata, personagem de Bárbara Paz na novela "Viver a Vida", é a realidade de muitas mulheres – e homens. Ela tem anorexia, um distúrbio alimentar e psicológico que atinge desde adolescentes até idosos, contabilizando entre 1 a 4% da população mundial. "O transtorno pode ter início com uma dieta comum, que 'evolui' para o jejum e para a anorexia ou bulimia e leva à morte em 10% dos casos. O anoréxico se enxerga de forma distorcida, constrói uma imagem desproporcional de si mesmo, vê o prato de comida como ameaça ao objetivo de ficar magro", explica Maximo Asinelli, médico nutrólogo de Curitiba.
Na internet (e também na vida real), não é difícil encontrar meninas descontentes com seus 36kg, desculpando-se por terem comido "demais" e compartilhando comportamentos como o de provocar vômito, usar laxantes e diuréticos, contar calorias a todo momento, comer pouco e praticar muito exercício físico. Segundo Asinelli, em geral são meninas que estão em algum estágio de depressão, se isolam socialmente e, claro, têm uma série de complicações causadas pela falta de nutrientes no organismo, como a interrupção da menstruação e a baixa na imunidade, por exemplo.
O especialista esclarece que o transtorno alimentar está relacionado a uma incapacidade emocional, uma disfunção muito delicada, não apenas um problema de vaidade. "Querer ser magro e bonito é saudável, ainda mais considerando que a obesidade também é uma doença. O problema surge quando se passa a viver em função do peso e da comida", alerta. Nesses casos, o melhor tratamento é a reeducação alimentar, sempre com acompanhamento psiquiátrico e psicológico e o apoio da família.
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Quanto antes for diagnosticado o distúrbio, melhor. O tratamento nutricional se inicia com uma dieta hipercalórica e, quando o peso ideal é reestabelecido, o nutrólogo parte para uma alimentação saudável e equilibrada: o mínimo é de 1200 calorias por dia, distribuídas de forma saudável entre carboidratos, proteínas, frutas e legumes.
Serviço:
www.clinicaasinelli.com
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