A maionese é frequentemente apontada como vilã da saúde. Por temer supostos malefícios causados pelo alimento muitas pessoas excluíram o item da dieta. Mas será que o consumo da maionese é realmente prejudicial? Para a nutricionista Hediane Oliveira, do Espaço Para Viver Melhor, da Unimed-Rio, a maionese deve ser consumida com moderação, mas pode fornecer nutrientes e é bem-vinda aos lanches e saladas. Confira sete mitos e verdades sobre a maionese.
Uma porção de maionese aumenta o colesterol ruim (LDL).
Mito. O ovo é o principal ingrediente que contém colesterol e muitas maioneses sequer apresentam ovo no preparo ou tem quantidades muito pequenas do alimento. De acordo com a nutricionista, como qualquer alimento fonte de gordura a maionese não deve ser consumida em excesso, mas explica que várias fabricantes melhoraram as formulações para que a maionese não apresente altos níveis de colesterol.
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Maionese só tem gorduras ruins.
Mito. A maionese possui gorduras poli-insaturada e moni-insaturada, que possuem ácidos graxos essenciais do tipo ômega 2 e 6. De acordo com a nutricionista Hediane, entre os benefícios dessas gorduras está o auxílio na proteção contra doenças cardiovasculares. Porém, essa quantidade de gordura boa é muito baixa, por isso, é preciso cautela. Além disso, é preciso estar atento aos produtos ricos em gorduras saturadas, que são os tipos mais nocivos à saúde do organismo.
Posso consumir maionese à vontade.
Mito. A recomendação é que se consuma no máximo uma ou duas colheres de sopa por dia de maionese, no caso de uma dieta de 2.000 kcal, por exemplo. Se você escolher a maionese como opção de gordura do seu dia, a quantidade deve representar, no máximo, 30% do valor energético diário. A nutricionista explica ainda que não vale consumir essa quantidade junto a outras fontes de gordura, pois será um excesso de consumo desse nutriente, o que pode comprometer a dieta e a saúde.
Posso substituir maionese por katchup e mostarda.
Mito. A maionese deve entrar na refeição no lugares da mantega e do azeite, por exemplo. Hediane Oliveira frisa a necessidade de substituir esses alimentos fonte de gorduras, e não consumir a maionese junto com eles.
A maionese caseira pode ter mais gordura do que a industrial.
Verdade. Na hora de preparar a maionese em casa é preciso ter cuidado para não extrapolar nos ingredientes, principalmente no óleo. Neste caso, o recomendado é utilizar óleos vegetais no lugar do óleo de soja, como o azeite ou óleo de linhaça ou amêndoas. Para que a maionese caseira tenha mais nutrientes vale também acrescentar alho, orégano, alecrim e cheiro verde.
A maionese caseira pode prejudicar o organismo.
Verdade. A maionese caseira feita com ovos pode estar contaminada por Salmonella spp., uma bactéria que pode causar gastroenterite, septicemia e febre tifoide. "Como essa bactéria pode estar tanto na casca quanto na gema, é importante lavar os ovos antes de utilizá-los e cozinha-los bem, evitando deixar a gema mole", recomenda a nutricionista Camila Barreto, pesquisadora do Centro de Referência para Prevenção de Doenças Associadas à Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP. Já a maionese industrial não apresenta esse risco.
A maionese deve ser conservada na geladeira.
Verdade. A maionese e todas as preparações feitas com ela devem ser conservadas abaixo de 10ºC, ou seja, na geladeira. Além disso, evite mantê-la fora do resfriamento o máximo possível. No caso do produto industrial respeite o prazo de validade. Já a maionese caseira deve ser consumida em menos de dois dias.
(Fonte: Minha Vida - Saúde, Alimentação e Bem-estar)