A Santa Casa de Londrina completou nesta quarta-feira (14) o terceiro dia de suspensão de cirurgias ortopédicas.
A medida foi adotada pela instituição na última segunda-feira (12), quando enviou um ofício à secretaria municipal de Saúde alegando “não dispor, temporariamente, de escala de ortopedia”. O hospital não entra em detalhes sobre o motivo que estaria gerando o problema.
Em nota, disse que “aguarda o retorno dos médicos ortopedistas sobre alternativa proposta em reunião realizada na noite de segunda-feira entre as diretorias administrativa e clínica e os médicos”. O conteúdo do encontro também não foi informado.
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A falta de procedimentos cirúrgicos já tem impactado a vida de pacientes. É o caso de Magda Tereza Francalossi, 79. A idosa tem Alzheimer e sofreu uma queda no início do mês, quebrando o braço. Inicialmente, foi para o Hospital da Zona Norte.
“Ela deu entrada no HZN dia cinco de dezembro. Foi atendida por um ortopedista, que afirmou que teria de fazer cirurgia, mas chegaram à conclusão que não poderia ser lá pela falta de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, relatou o genro, Benjamin Rocha, oficial superior reformado do Exército.
Segundo Rocha, a idosa foi transferida para a Santa Casa na segunda-feira, sendo internada no corredor. Revoltado com a informação de que o hospital não poderia fazer a cirurgia e ela teria que ser transferida para outra unidade de saúde, quando houvesse disponibilidade de vagas, procurou o MP-PR (Ministério Público do Paraná) e as ouvidorias do município e da própria instituição.
“Algo completamente desumano. Somente depois que fui atrás dos direitos dela é que disseram, na noite de terça-feira (13), que iriam fazer a cirurgia, mas ainda estamos a aguardando informações sobre data e o pré-cirúrgico”, afirmou.