O racionamento de água está levando a Secretaria da Saúde de Curitiba a intensificar a vigilância sobre as clínicas especializadas no tratamento dos doentes renais crônicos que dependem da hemodiálise para viver. O objetivo é assessorar esses estabelecimentos e garantir que a água trazida pelos caminhões-pipa, que vem de mananciais como os rios Pequeno e Passaúna, esteja em condições de uso.
Na hemodiálise, a água tratada com soluções ácido-básicas tem papel importante na difusão do sangue. A cada sessão, são necessários 200 litros por paciente. Como cada paciente faz em média três sessões semanais e Curitiba tem 971 pessoas em tratamento, isso significa um consumo mínimo semanal de 194,2 mil litros.
É necessário checar o laudo da Sanepar e se o veículo está lacrado e identificado, além de verificar seis itens: pH, cloro, sabor, odor, cor e turbidez. Se todos esses fatores estiverem dentro dos padrões, a água pode ser transferida para a cisterna da clínica. Depois de todas essas checagens, ela ainda passa por um sistema de tratamento para diminuição dos níveis de concentração de cerca de vinte itens - entre elementos físico-químicos, bactérias, toxinas e coliformes, que podem contaminar e intoxicar o organismo do paciente. Somente aí a água poderá ser direcionada para as máquinas de hemodiálise.