A substância produzida no Paraná para o diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar Americana (doença cutânea que pode causar deformidades) foi enviada para a London School of Hygiene and Tropical Medicine, em Londres. O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), da Secretaria da Saúde é o responsável por todos os frascos e exames de confirmação da doença em todo o Brasil na rede pública.
De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, foram enviados 60 frascos, capazes de realizar 480 testes, para a instituição inglesa. O objetivo é que eles possam dar continuidade a um projeto desenvolvido a respeito da doença no Nepal e na Índia.
A doença
A Leishmaniose Tegumentar Americana também é conhecida como ferida brava ou úlcera de Bauru. Geralmente, a doença se desenvolve em mamíferos silvestres, mas também em cães e gatos domésticos, e é transmitida ao ser humano por meio de mosquitos. A doença causa lesões cutâneas e nasofaríngeas deformantes e dolorosas, dificultando a alimentação e diminuindo a capacidade para o trabalho.
Os primeiros sintomas surgem após período de 10 dias a 3 meses. A penetração dos parasitas determina uma lesão cutânea na região da picada, que se caracteriza por uma ferida de aspecto pápulo-eritematoso ou furunculóide ou pápulo-ulcerado, que fecha muito vagarosamente. Podem aparecer dezenas de feridas que deixam cicatrizes muito marcantes no rosto, braços e pernas. Depois de anos, se não tratada, o nariz e a boca podem ficar desfigurados ou destruídos. A deformação do nariz origina o que é conhecido como "nariz-de-tapir" ou "focinho-de-anta".