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Estudo britânico

Obesidade reduz expectativa de vida em até 13 anos

BBC Brasil
17 out 2007 às 18:56

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Um relatório divulgado na Grã-Bretanha nesta quarta-feira (17) apontou que pessoas que sofrem de obesidade podem ter a expectativa de vida reduzida em até 13 anos.

O relatório, que foi endossado pelo governo britânico e compilado por 250 especialistas do Foresight Programme (ligado ao departamento governamental para Ciências), está sendo considerado o maior estudo já feito no país sobre obesidade.

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O estudo Combatendo a obesidade: escolhas futuras aponta que a Grã-Bretanha está imersa numa crise que pode levar até 30 anos para ser revertida.

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Um estudo paralelo do British Medical Journal indica que fumantes podem viver 10 anos menos do que o desejado, uma expectativa que indica que o problema da obesidade pode ser ainda mais grave.

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Impactos


Se o número de obesos continuar crescendo, estima-se que 60% dos homens, 50% das mulheres e 25% das crianças britânicas serão obesas em 2050. Atualmente, um quarto da população adulta sofre de obesidade.

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O impacto sobre o sistema público de saúde também será drástico, aponta o levantamento.


De acordo com cálculos feitos pelos pesquisadores, serão necessários 46 bilhões de libras adicionais para cobrir gastos com tratamentos de doenças como diabetes, infartos e outras doenças ligadas à obesidade.

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"A obesidade está aumentando a cada ano e há o risco de que não nos reste muito tempo para agir", avalia David King, conselheiro-chefe do governo britânico para assuntos científicos e líder da pesquisa.


O relatório conclui que os indivíduos não são os culpados por desenvolverem obesidade, mas sim "uma sociedade que prioriza o consumo de comidas baratas, ricas em açúcar e gordura, o uso de transportes motorizados e trabalhos sedentários".

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"Temos de lutar contra a noção de que a epidemia atual de obesidade surge da indulgência e da preguiça dos indivíduos. Nós vivemos numa sociedade de consumo que nos encoraja a comer e ter uma vida sedentária. É um ambiente em que só de nos comportamos de forma normal, podemos engordar".


Os estudiosos cobram maior envolvimento do governo na questão e apontaram algumas políticas que poderiam ser aplicadas, como planejar cidades para que acomodem mais locais para a prática de exercícios físicos e fazer maior pressão sobre as mães para amamentarem seus bebês - o que poderia diminuir o ganho de peso durante a infância.

A secretária de Saúde Pública britânica, Dawn Primarolo, disse que o governo esta analisando como proceder diante das informações divulgadas pelo relatório.


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