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Febre, fraqueza...

Malária: conheça os sintomas e tratamento da doença contraída por Camila Pitanga

Caroline Knup e Giulia Vibosi - Estagiárias*
12 ago 2020 às 18:21
- Freepik
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Nesta semana a atriz Camila Pitanga revelou em suas redes sociais que ela e sua filha, de 12 anos, foram diagnosticadas com malária. "Foram 10 dias de muito sufoco. Entre picos de febre alta, calafrios e total incerteza", contou em seu Instagram. A transmissão dessa doença acontece através de uma simples picada de um mosquito e qualquer pessoa pode ser a escolhida. Entenda mais sobre os sintomas da malária e o seu tratamento.


De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2018 foram registrados 194.271 casos de malária no Brasil, a grande maioria na região amazônica. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, o paciente com a doença não é capaz de transmitir diretamente a outra pessoa, sendo preciso a atuação de um vetor. Segundo o médico infectologista e mestre em saúde coletiva do curso de Medicina da PUC-Londrina Wilson Liuti Costa Junior, a malária é uma infecção causada por um protozoário chamado plasmódio que é transmitida pelo mosquito anófeles.

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Foram 10 dias de muito sufoco. Entre picos de febre alta, calafrios e total incerteza. Havia a sombra da possibilidade de estar com covid-19. Somente no domingo recebi o resultado negativo do meu PCR. Mas no lugar de me aliviar, permanecia a agonia pois eu não fazia ideia do que eu poderia ter. Estava à deriva. Pois bem, uma amiga minha suspeitou que esses picos de febre associados ao fato de estar em isolamento social numa zona de Mata Atlântica no litoral de SP, podia ser malária. Fui indicada a conversar com dois infectologistas. Os dois extremamente generosos em falar comigo num domingo já de noite. Dr Luiz Fernando Aranha e o Dr André Machado. Agradeço ao último pelas orientações que me levaram ao Hospital das Clínicas da USP. Uma vez que a supeita era malária, doença muito rara, não há melhor lugar para você ser tratado do que a rede SUS, local de referência e excelência para doenças endêmicas. No HC, fui prontamente atendida por uma mulherada. Sim, uma equipe 100% de mulheres fantásticas do laboratório da Sucen. Faço questão de dar seus nomes: Drª Ana Marli Sartori, Drª Silvia Maria di Santi, Drª Dida costa, Drª Simone Gregorio, Drª Renata oliveira e tão importantes quanto, as agentes de saúde Cida Kikuchi e Gildete Santos. Todas foram extremamente profissionais, eficientes e gentis. Bom, os resultados dos exames sairam dando positivo para malária. Eu e minha filha. Uma doença que ainda existe, é curável, mas precisa de cuidados. O tratamento é gratuito. Faço cá meus votos de gratidão a todas e todos agentes de saúde, que além de estarem na trincheira nessa luta contra a covid-19, estão aí atendendo inúmeras outras demandas com seu profissionalismo em meio a condições e incertezas muito grandes. É de suma importância valorizar a existência desse sistema de saúde que cuida de tanta gente, principalmente dos que não tem condições de pagar um plano de saúde. Estamos num país onde uma doença matou mais de 100 mil pessoas em poucos meses. Esse número poderia ser o triplo ou mais se não fosse o SUS. A catástrofe seria ainda maior. Muito obrigada e parabéns a todas e todos os profissionais de saúde desse país!!!

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Logo após contrair, a doença já começa a se alastrar pelo corpo. "Após a picada do mosquito a protozoário infecta células do fígado e do sangue levando aos sintomas de febre, fraqueza, calafrios e cefaleia em padrões cíclicos", explica o médico. Muito parecido com os sintomas que a Camila teve. A atriz contou em suas redes sociais que pelo fato de estar se isolando do novo coronavírus em uma zona de Mata Atlântica no litoral paulista, sua amiga suspeitou que seus picos de febre poderiam ser em decorrência da malária.


A doença, se não for identificada no início, pode evoluir para uma situação mais grave, desde convulsões e até ficar em coma. De acordo com infectologista, o diagnóstico normalmente é feito pela observação do plasmódio no microscópio em uma gota de sangue, exame conhecido como gota espessa. "O tratamento varia de acordo com a espécie de plasmódio que causou a infecção. As medicações mais utilizadas são a cloroquina, primaquina, mefloquina, artesunato e quinino", ensina.


A boa notícia é que a malária tem cura. Camila atualizou seu Instagram agradecendo pelas mensagens de afeto e tranquilizando seus fãs. "Bom dia! Obrigada pelo carinho gente. Estou me recuperando muito bem", afirma em um vídeo publicado. A atriz está sendo tratada nos Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo e elogia o atendimento que recebeu "uma vez que a suspeita era malária, doença muito rara, não há melhor lugar para você ser tratado do que a rede SUS, local de referência e excelência para doenças endêmicas".

*Sob supervisão de Fernanda Circhia


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