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Chapada dos Veadeiros: um paraíso protegido pela Unesco

21 jul 2017 às 18:31

Já pensou num paraíso praticamente particular, completamente acessível e com uma das maiores áreas de cachoeiras e árvores nativas do mundo? Pois bem... Abra os olhos agora e saiba que a Chapada dos Veadeiros (GO) é um dos locais que, sem dúvida, se encaixa com perfeição em todas essas qualidades procuradas hoje em dia por quem busca se desconectar do caos e recarregar as energias para enfrentar o dia a dia.

É a própria Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) que defendeu a tese, justamente no declarado Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Na audiência do início de julho, por exemplo, ficou garantido que o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, localizado em Goiás, continuará com o título de Patrimônio Natural da Humanidade. A decisão foi anunciada na 41ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da entidade, realizada em Cracóvia, na Polônia.


A resolução internacional só foi mantida por um detalhe: um mês antes da reunião, o governo federal determinou a ampliação da unidade de conservação de 65 mil para 240 mil hectares. Muito longe, claro, dos 625 mil hectares que chegou a possuir, mas a ONU encarou como um avanço inicial, mas extremamente necessário.


O parque abriga 32 espécies diferentes da fauna e 17 da flora ameaçadas de extinção, que poderiam desaparecer a qualquer momento caso não houvesse a garantia de proteção integral da unidade de conservação. Alguns dos animais que agradecem a intervenção estão o cervo-do-Pantanal, o lobo-guará, o pato-mergulhão e a onça-pintada.


Turismo

Para conseguir testemunhar as belezas naturais da região, o percurso é simples. Pegue o primeiro transporte com rumo a Brasília (DF). Da capital federal até Alto Paraíso (GO), considerada o portal de entrada do Parque Nacional da Chapada, um veículo consegue finalizar o percurso por volta de duas horas de estrada reta e em boas condições.


Apesar de modesto e despretensioso, o município é considerado a cidade grande da região. O local possui energia estabilizada, sinal abrangente de telefone celular e algumas pousadas e hotéis. Algumas das cachoeiras elogiadas pela beleza também estão próximas, como a Almécegas (9km), São Bento (8km) e Loquinhas (4km).


Para se hospedar, há opções das mais variadas, de campings, hospedarias à pousadas de altíssimo luxo. Outra opção é a aldeia São Jorge, uma pequena vila que fica a cerca de 26 minutos de carro de Alto Paraíso. Com uma estrutura bem mais rústica, a cidadela não pode deixar de ser visitada. Há várias opções de passeios e trilhas.


Onde ir

Divulgação


1) O Vale da Lua


É um dos pontos mais visitados da Chapada, localizado a cerca de 30 km da cidade de Alto Paraíso (GO). As formações rochosas do Vale remetem às crateras lunares, com cachoeiras e até mesmo grutas. O acesso ao Vale é feita por uma trilha de um quilômetro (nível fácil), e não há necessidade de contratar guia.


2) Cachoeira dos Macaquinhos


Fica a 43 km de Alto Paraíso e o ideal é reservar o dia todo para fazer o passeio. Depois de 30 km de estrada de terra, chegamos no ponto inicial pra começar a trilha. É cobrada uma taxa de 20 reais para o acesso às cachoeiras. Ao todo, são oito pontos de banhos (poços e cachoeiras). É uma área que também conta com camping, caso tenha interesse de passar à noite por lá.


3) Cataratas dos Couros


As Cataratas ficam a 57 km de Alto Paraíso e a trilha é de 2km. Várias cachoeiras e poços formam o Couros, e a a trilha é considera de nível médio devido a trechos com muita pedra e, em alguns lugares, exigindo certa habilidade atlética do visitante. Um bom local para aventureiros porque há um lugar para pulo em um poço de uma altura de 15 metros.


4) Almécegas

A 9km de Alto Paraíso, a cachoeira é formada por duas quedas. A primeira, de 50 metros, pode ser observada de cima e de baixo e é permitido a prática de rapel. A segunda queda é bem menor, com 15 metros e boa para banhos e acesso fácil. Ambas formam piscinas naturais e são acessíveis por trilhas. Há opções de entrada pela Fazenda São Bento, que disponibiliza até tirolesa no local, mas cobra taxa de preservação.


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