Segundo um levantamento realizado pelo Procon neste mês, somente no primeiro semestre de 2019 foram abertas 73 campanhas de recall, número similar se comparado com o mesmo período do ano passado. Problemas em airbags nos freios e no sistema de combustível ou motor são os principais motivos para abertura dessas ocorrências pelas montadoras. Em 2018 foram totalizadas 137 campanhas preventivas, e desde 2002 totalizaram 1451.
O recall é um procedimento previsto no Código de Defesa do Consumidor para garantir, de forma gratuita, que as empresas sejam responsáveis por consertar equipamentos automotivos com defeitos de fabricação que possam colocar em risco a saúde ou a segurança dos consumidores e da população em geral.
De acordo com Hélio da Fonseca Cardoso, o engenheiro mecânico e professor do Ibape/SP, o aumento de recall tem acontecido pela brevidade de veículos lançados pelas montadoras. "Para sair na frente das outras, as montadoras apresentam seus novos modelos de forma mais rápida, o que prejudica e aumenta as chances de um defeito de fabricação", explica.
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Além do crescente número de pequenos defeitos de fábrica que acabam fazendo o comprador ter que levar o carro para a montadora, existem outras questões que precisam ser observadas, segundo o engenheiro. "Quando se tem o lançamento, é importante ter fornecedores nacionais que possam trazer um produto de qualidade, o que não é muito fácil, então, no início, é muito capaz de acontecer um recall, além da mão de obra que não tem se especializado em cima das novas tecnologias que tem vindo por aí", ressalta.