Com o fim do ano se aproximando, o pagamento do benefício do 13° salário que começa a ser efetuado aos trabalhadores, em sua primeira parcela até o fim do mês de novembro, e agora com a liberação do saque do fundo de garantia, há uma série de possibilidades sobre como utilizar este dinheiro extra que anualmente entra no orçamento familiar. Se algumas pessoas o utilizam para quitar as dívidas, viajar e curtir as férias, outras pessoas têm em mente algo ainda maior: a compra ou a troca do veículo usado pela família.
Segundo o economista presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná (CoreconPR), Carlos Magno Bittencourt, o uso do 13° já se tornou objeto de interesse dos lojistas, já quanto à liberação do saque do FGTS, pelo valor ser baixo, colaborará pouco para a aquisição de um veículo contudo, se ambos forem somados contribuirão para que o comprador possa dar uma entrada maior, principalmente se o juro for zero, fazendo com que as parcelas posteriores ou o tempo de financiamento, sejam menores, o que por consequência obstrui menos o orçamento. Lembrando sempre que este tipo de compra gera dívida de médio a longo prazo.
Outro fator levantado pelo economista são as taxas de juros praticadas pelo mercado de venda de veículos, que variam de acordo com o tipo de financiamento realizado e da instituição financeira. Estar atento se há taxa de abertura de crédito, algum seguro embutido, como contra furtos, roubos ou intempéries e, se eventuais descontos vêm em forma de acessórios, torna-se necessário negociar diretamente com a loja.
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Porém, antes de qualquer decisão, o consumidor deve colocar na balança se é mesmo a hora de trocar e/ou comprar um veículo, pois de acordo com Bittencourt, é uma conta que compromete pelo menos 24 meses do orçamento. Calcular um valor que poderá ser pago em dia e também o que deverá ser renunciado ou cortado do orçamento para acomodar a nova obrigação, deve indispensavelmente fazer parte do planejamento financeiro. Há além da aquisição do veículo, gastos como combustível, IPVA, licenciamento, seguro e manutenção, que da mesma forma devem constar no planejamento.
DICAS NA HORA DE ESCOLHER O SEMINOVO
E na hora de buscar por veículo, é importante ter em mente algumas orientações. De acordo com o vice-presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar) Antônio Gilberto Deggerone, o histórico do veículo é essencial para que o potencial comprador tenha certeza de que está investindo seguramente seu dinheiro. No histórico, estão presentes a quilometragem total do automóvel, revisões e manutenções, e se o veículo está em alienação fiduciária ou algum outro tipo de restrição.
Segundo Deggerone, também é preciso saber se o proprietário da loja onde o comprador deseja fazer negócio age de maneira transparente, com decência e profissionalismo nas práticas que ele adota, pois isso influencia de maneira crucial no bom andamento do fechamento do negócio, assim deve-se certificar sempre de que a loja é de confiança, oferecendo condições justas para os clientes. Ele recomenda ainda as revendas associadas à Assovepar, que atuam com veículos de procedência (com documentações em ordem), têm agilidade na transferência, oferecem equipes de vendas qualificadas, agilidade no processo de financiamento, boas taxas de juros e prazos com as melhores financeiras do Brasil.
Ele também ressalta a vantagem de se optar por um seminovo. "Optar pelo seminovo costuma ser melhor para seu bolso, pois ele sofre menor depreciação no mercado, pode ser comprado por um preço atrativo e com opcionais".
Tendo-se em vista todos esses quesitos, a utilização desta renda extra, torna-se um benefício ao potencial comprador, afinal seu poder de negociação aumenta consideravelmente criando melhores possibilidades de fechar negócio, especialmente nesta época quando os lojistas procuram aumentar o giro em seus comércios. Entretanto, é necessário compreender que se a compra do carro não trouxer nenhum resultado ou benefício para o proprietário, ela deixa de ser um investimento e passa a ser gasto desnecessário, finaliza o economista Bittencourt.