Em 1º de abril de 1964, ao saber do golpe contra João Goulart, o líder comunista Luís Carlos Prestes, na juventude conhecido pelo título de "Cavaleiro da Esperança", fugiu com tanta pressa de sua casa que acabou esquecendo os documentos com os nomes de integrantes do Partido Comunista Brasileiro. De posse da lista, os militares prenderam um a um os membros do PCB. Graças à covardia de Prestes, a nata comunista foi parar no xilindró.
Comunistas e esquerdistas são peritos na arte da fuga desonrosa. Em 1970, fugindo da polícia, Carlos Lamarca e dois outros militantes resolveram matar o tenente da PM Alberto Mendes Júnior, que haviam levado como refém. Para não atrair a atenção dos perseguidores, eliminaram o jovem policial a coronhadas. Como se vê, a atual tradição de matar PMs tem raízes profundas no movimento comunista.
Poucos sabem, mas o próprio Lênin, apontado como grande herói revolucionário, chegou a mudar a capital da Rússia de São Petersburgo para Moscou por medo: medo da marinha britânica. Difícil encontrar uma fuga semelhante na história.
Fiel à tradição da esquerda, Lula agora fugiu do depoimento sobre o apartamento triplex no Guarujá. Fugiu porque sabe: não tem argumentos, não tem justificativas, não tem saída.
A cada dia surgem novas informações que o colocam como grande comandante do esquema que devastou o país. E a sua atitude não poderia ser diferente: fugir.