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Manter o espírito jovem que há em nós

04 jun 2010 às 11:41

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A juventude não é uma época da vida, é um estado de espírito.
Samuel Ullman

Há muita coisa boa acontecendo no mundo, mas fatalmente, temos o péssimo hábito de privilegiar a confusão, as coisas ruins. Nosso clima mental parece que facilita a aceitação da transgressão. Aos poucos amortecemos a indignação, passamos à tolerância que beira a omissão. A avalanche de informações que nos tem chegado tem nos fervido os miolos. O autor do livro "A Quinta Disciplina", Peter Senge, explica que para identificarmos processos lentos e graduais, precisamos reduzir nosso ritmo frenético e prestar atenção tanto aos eventos sutis quanto aos drásticos.

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Sentados à beira de uma lagoa, a princípio nada vemos demais. Depois de algum tempo de observação perceberemos a vida, as criaturas que lá vivem, os sons, os movimentos, os cheiros, um mundo que estava lá, apesar de não o sentirmos antes. Nossa mente anda bloqueada pela enxurrada de informações sempre na mesma frequência. É indispensável buscar nosso próprio ritmo.

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Isso tudo tem nos deixado mais velhos. Temos envelhecido no corpo e na alma. Nos tornado chatos, sem graças, sem esperança, vitalidade e força de vontade para buscar o novo, fazer novas descobertas, sair em busca da felicidade sem preguiça de deixar tudo acontecer. Todo mundo pode, naturalmente, se modificar. A diferença básica entre estar jovem e ser jovem passa por esta compreenssão: a de um estado que é passageiro e a de outro que permanece.

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Falar em espírito jovem pode ter a conotação de uma individualidade espiritual não madura, que vive ainda marcada por certas contradições. Outro sentido possível é o de nos referirmos a alguém que, apesar da idade, parece nunca envelhecer, pois se mantém, mesmo com o passar dos anos, com cantagiante alegria, bom humor, aquele entusiasmo e vontade de aceitar novos desafios e estabelecer novas metas.


Cabe a nós, em meio a tantos atrativos que a vida nos oferece, tentar viver nossos verdes anos com responsabilidade, namorar e se relacionar de uma forma saudável e não promíscua, viver as experiências que deseja de forma consequente e não de maneira irresponsável. Ter sonhos e buscar realizá-los sem que isso precise violentar alguém ou mesmo violentar-se.

Vamos cuidar e viver essa juventude que está dentro de nós com nossos exemplos de dedicação ao semelhante e que nossos passos e atitutes possam servir de estímulo para que os espíritos, em corpos ainda novos, tenham uma boa referência e não se percam nas noites dos desequilíbrios.


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