A mediunidade em crianças deve ser estimulada pelos pais?
O Codificador do Espiritismo e autor de "O Livro dos Médiuns" formulou aos Espíritos que participaram da obra de codificação da Doutrina Espírita três questões relativamente à mediunidade em crianças, assunto que pode ser encontrado no item 221, parágrafos 6 a 8, da obra citada.
Eis, em resumo, o que eles lhe disseram:
1o. É muito perigoso desenvolver a mediunidade nas crianças, porque sua organização franzina e delicada ficaria abalada e sua imaginação superexcitada com a prática mediúnica. Desse modo, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias ou, pelo menos, só tratar do assunto do ponto de vista de suas conseqüências morais.
2o. Quando a faculdade mediúnica é espontânea na criança, é sinal de que se acha em sua natureza e que sua constituição a isso se presta. Já o mesmo não se dá quando é provocada e superexcitada.
3o. Não existe uma idade precisa para que uma pessoa passe a ocupar-se da mediunidade. Isso depende fundamentalmente do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral. Há crianças de 12 anos que são menos afetadas que certos adultos.
Quanto a esta última observação, lembremos que vários médiuns que trabalharam com Kardec – como as irmãs Caroline e Julie Baudin, Ermance Dufaux e Srta. Japhet - eram bastante jovens. Ermance Dufaux contava então 14 anos de idade e já se havia tornado uma médium respeitada. As célebres irmãs Kate e Margareth Fox eram ainda adolescentes quando dos fenômenos de Hydesville, que, conforme sabemos, deram origem ao Espiritismo Moderno.
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