A paciência é amarga, mas seus frutos são doces.
Jean-Jacques Rousseau
Diferente de Rousseau eu diria que a paciência tem sabor de aprendizado. Quantos de nós já não nos decepcionamos com coisas e pessoas por apostar expectativas de que elas sairiam da maneira que gostaríamos que fosse ou fariam o que desejássemos? Quantas vezes não soubemos esperar o momento certo para reatar nós, curar cicatrizes, impedir decepções ou até mesmo entender o momento certo de falar, de viver certas circunstâncias?
O tempo está diretamente ligado à paciência. Eles andam de mãos dadas e sorriem para nós quando sabemos adaptá-los em nossas vidas. A dor da espera faz parte do processo e é preciso vivê-la, pelo menos entendê-la.
A vida não nos é dada de graça. Não estamos neste planeta pura e simplesmente para viver momentos de alegrias. A paciência é um exercício para se estabelecer conquistas. O tempo que essa conquistas vão ocorrer, ninguém sabe. É preciso dar tempo ao tempo e confiar na providência Divina, sempre colocando em mente a relevância da proatividade em relação a condição em que se está.
Nada ocorrerá antes do que deve acontecer. Tão pouco certas circunstâncias acontecem para nos fazer entender todo o processo da vida. Não ter paciência as vezes dói. Mas os que já passaram por provas tentadoras do ato da espera, entende que o tempo necessário para que as coisas possam acontecer é justamente aquele em que deixamos de lado o ato de sermos pacientes.
Vivamos pura e simplesmente com a certeza de que nada acontece por um acaso nessa vida. Cada circunstância, momento, pessoa que passa por nós, está ali porque precisa estar. E por mais que insistamos na desobediência dessa ordem tão bendita vinda dos céus, menos paciência teremos para compreender que o todo só se concretiza com a nossa permissão. Mais uma vez aí a importância do livre-arbítrio pulsando sobre nós e nos fazendo entender que o respeito ao tempo torna-se necessário para uma vida mais plena e feliz.