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Quando alegrias cotidianas podem nos tornar felizes

09 ago 2012 às 01:15
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"Que essa minha vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço. Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão"
Oswaldo Montenegro

Um dia ouvi um orador espírita falar numa palestra que o melhor lugar do mundo para cada um de nós é exatamente este onde estamos. Ele também disse que a melhor pessoa do mundo, é aquela que está mais próxima da gente. Também ressaltou que a melhor coisa que podemos fazer na vida é exatamente o que estamos fazendo hoje, com o detalhe de que esse hoje deve ser vivido com o melhor de nós.

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Quando ouvi essas simples e profundas palavras lembrei imediatamente de como as pessoas hoje em dia tem buscado fora de tudo o que possuem uma felicidade sem fim. Eu mesma sou assim. BUscamos sempre fugir da rotina, almejamos estar longe de tudo e de todos que convivem ao nosso redor, arrumamos desculpas de que o estresse da rotina nos condiciona a estar mais perto da natureza e buscamos o tempo todo motivos para estar longe do que está ao nosso alcance.

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Daí no último domingo, no show do poeta e compositor Oswaldo Montenegro realizado aqui em Londrina, pude ter o privilégio de ouvir palavras tão sábias quanto as do orador espírita que outro dia escutei. Munido de uma inteligência descomunal, Montenegro conversou com a platéia antes do show. Deixou um espaço antes das músicas para que os fãs pudessem tirar duvidas sobre sua vida pessoal e também profissional. Eis que questionaram a ele o que ele gosta de fazer nos momentos de lazer. E a sua resposta me surpreendeu grandiosamente para o lado bom.

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O cantor disse que detesta o lazer. Ele não consegue ver graça na vida sem a arte. Segundo ele, seus dias são fantasticamente preenchidos por afazeres poéticos. Ele acorda, toma café, anda um pouco e toca um violão. Depois anda mais um pouco, escreve um poema. Então ele vai até a casa da sua mãe, volta e assiste um filme. Depois faz mais alguma coisa em casa e toca um piano. É a vida plena de um artista sensível que vive na plenitude de suas alegrias e por meio delas, é feliz.


A beleza das poesias de Montenegro reflete o que ele vive. Ainda que ele mesmo afirme ter sido um dia ateu - ele não afirmou se ainda o é - talvez nem mesmo ele saiba como é intuído para compor escritos tão belos. Simples e ao mesmo tempo cheio de requinte em suas palavras, o cantor contou sobre como foi quando compôs a música "Metade", uma verdadeira oração. Ele mesmo confessou ter escrito o poema como forma de oração quando tinha 18 anos de idade e estava em Brasília vivendo um momento angustiante. Como não acreditava em Deus, ele escreveu para que seu coração se acalmasse e de seu momento de angústica surgiu música tão linda.


Assim como Montenegro um dia quis partir, quis mudar, sair, todos nós temos esses momentos de tanto querer ir. POr vezes não sabemos para onde exatamente queremos ir ou chegamos a sentir que nosso lugar não é aqui ou que nos falta alguém por perto de nós. Outras vezes a vida nos apresenta dúvidas sobre nossos atos, se o que fazemos é realmente o todo de nosso melhor. Se as pessoas que estão ao nosso redor são exatamente aquelas que queremos que estejam ou ainda buscamos outras num incessante procurar sem fim.

Então volto a ter a certeza de que aquele orador espírita estava certo quando disse que nosso melhor está exatamente no hoje, nas pessoas que estão ao nosso redor agora e no que estamos fadados a fazer agora. Não importa que não seja o que almejamos (ainda), o que importa é que o caminho seja completo, pleno, quase que uma cópia da perfeição. E daí não sentiremos vazio algum e poderemos quase que provar uma pontinha da felicidade e perceber que ela está mais próxima do que imaginanos, basta olharmos de perto o que nos foi colocado pela vida no exato agora.


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