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A difícil arte de ser urubu

01 out 2011 às 09:11

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O Dia da Criança está perto e uma prática que pode incentivar a leitura é presentear com livros, além dos clássicos brinquedos. Daremos algumas dicas para escolher boas histórias infantis. Começamos com "A difícil arte de ser urubu" (Criar Edições, 20p.), do professor e escritor Roberto Gomes.

O livro, escrito com linguagem clara, bem adaptada para crianças, mantém o interesse do pequeno leitor, pois a narrativa é fluente, além de abordar um assunto incomum. A difícil arte de ser urubu conta a história de um urubu que não quer ser urubu.

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O professor Gomes aborda assuntos importantes para a formação da personalidade, a autoaceitação.

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A história começa quando um casal de urubus deixa um ovo em um ninho qualquer para viajar sem preocupações. Esse ninho é de um casal de belos cisnes, e ainda de um casal real.

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O casal real cuida do ovo e depois do filhote. O urubu recebe o nome de Adonis, deus da mitologia fenícia e grega, que representava a beleza. Criado como um cisne, o urubu se acha lindo e se sente um cisne, até que... o inevitável acontece. Como ele reagirá ao saber que não tem sangue real? Como se sentirá ao descobrir que não é um belo cisne?


Uma história linda, com mensagem interessante, não dogmática, que mostra aos leitores que cada ser precisa percorrer sozinho o caminho do autoconhecimento.

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ENTREVISTA


Roberto Gomes, professor, escritor, crítico literário e editor da Criar Edições é o nosso entrevistado. Ele iniciou sua carreira de escritor com uma obra de filosofia, Crítica da Razão Tupiniquim (1977), hoje na décima terceira edição. Em 2008, publicou Júlia, um romance inspirado na vida da poeta paranaense Júlia da Costa, também escreveu uma peça de teatro, O menino que descobriu o sol.

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1) Quantos anos há começou a escrever literatura?
Comecei a escrever muito cedo, aos 16 anos. Já lia bastante, resolvi escrever. Depois de muitas tentativas, escrevi algumas crônicas e comecei a publicar num jornal de Blumenau, onde nasci e onde eu morava.
Continuei escrevendo em jornais, porém só em 1977 publiquei o primeiro livro, Crítica da razão tupiniquim. Mas então já havia publicado contos e crônicas em jornais do Paraná e de São Paulo.



2) A difícil arte de ser urubu é um livro infantil, mas a mensagem pode também ser interessante para adultos. Como surgiu a ideia de escrever essa história?
É uma história bastante universal, imagino. Trata das diferenças, do direito à diferença. E trata também de como cada um de nós precisa aprender a assumir suas diferenças. No caso, a diferença entre um urubu e os cisnes. Procurei inverter a história do cisne. O herói da minha história é o urubu, mas só a partir do momento em que ele se descobre e se assume como urubu. Ser o que nós somos é uma difícil arte.

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3) A partir de que idade o livro é recomendável?
Confesso que não sei responder. Nunca escrevi literatura infantil pensando numa faixa etária. Sempre busquei escrever histórias que pudessem agradar a leitores de todas as idades, aí incluídas as crianças.


4) A maioria das pessoas acha que é fácil escrever livros infantis. Para você é uma tarefa fácil ou difícil?
Victor Hugo dizia que, em arte, as coisas ou são fáceis ou são impossíveis. Talvez ele esteja certo. Escrever em geral, para qualquer público, dá trabalho, muito trabalho - até no Eclesiastes, na Bíblia, se diz isso. Escrever para criança talvez seja mais delicado, pois as histórias que elas gostam de ouvir são as mais universais. Eis o que é difícil.


5) Pode dar algum conselho para os novos escritores que desejam escrever obras para o público infantil?
Ler muito. Ler de tudo. Jamais ler apenas um autor, um tipo de livro, um tipo de estilo, etc. Ler de tudo, misturar tudo. Depois escrever com a alma - e revisar com uma severa caneta vermelha... Revisar muitas vezes, reescrever sempre. Quando não for mais possível reescrever, publicar.

Isabel Furini é escritora e educadora. Orientará a oficina "Como Escrever livros de crônicas" a partir de 18 de outubro, com duração de duas semanas, no Estúdio Teix, Rua Vicente Machado, 666, Batel Soho, Curitiba/PR, fone: 3018-2732 – Celular: (41) 8813-9276. As melhores crônicas escritas nas aulas farão parte de um livro.


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