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Crítica: Venom (2018)

Londrina Geek
04 out 2018 às 04:10

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Venom (2018) -
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Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Assim como todo jornalista, Eddie almeja sempre fortalecer sua pauta com investigações que não fogem de sua zona de conforto, no entanto em certo ponto de sua carreira, é confrontado e sujeitado, contra sua vontade, à uma entrevista que não condiz com sua área e por fim depara-se com o cientista Carlton Drake (Riz Ahmed), onde surge o conflito da trama.


O longa começa com um tom mais pesado, na tentativa de parecer um suspense/horror e logo no inicio, já apresenta um dos simbiontes de uma forma jogada à tela, revelando a capacidade letal destes de maneira sangrenta e cruel. Por esse motivo, o expectador é levado a acreditar que o filme seguirá com essa pegada sombria – existe até um "jump scare" em determinada cena – contudo, no decorrer do filme essa sensação passa.

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O jornalista, protagonista do filme, obviamente, passa por essa situação e, muito curioso, ou ainda, na tentativa de se destacar ao noticiar a respeito do tal cientista e sua empresa, a Fundação Vida, se mostra motivado a saber mais sobre o trabalho da Fundação e descobre que eles têm feito experimentos científicos em humanos e pior, esses experimentos têm resultado em mortes dos voluntários envolvidos na pesquisa.

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E é aí que o filme começa a desandar. O típico clichê em que o indivíduo que sabe demais começa a ser perseguido, no caso do protagonista, ao tentar expor sua descoberta em entrevista ele é demitido pela emissora e acaba perdendo tudo na vida, seu emprego, seu apartamento, sua noiva, tornando-se literalmente um "loser" – ele chega até a se humilhar diante de sua ex-noiva pedindo para voltar com o relacionamento – e aqui chegamos em um ponto que é interessante abordar: porquê é necessário levar o protagonista ao fundo do poço, a fim de fazer com que ele "dê a volta por cima", se teoricamente a proposta desse filme é diferente da de um herói, afinal o Venom não é um vilão?. Fica o questionamento.

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O ator, Tom Hardy, se sai bem na atuação, faz um bom trabalho, porém o que lhe é proposto é um personagem fraco, bobo e sem muita necessidade de ser um astro de Holywood. Devidos méritos dados, mas qualquer ator poderia ter representado esse Eddie Brock. E isso se mantém ao longo do filme todo e fica pior no momento em que, já parasitado pelo simbionte Venom, surge essa interação entre ele e o hóspede.


A dificuldade de aceitar todo esse filme é – não podemos negar – a inexistência da ligação com o universo que já conhecemos de outros longas, contudo ainda se houvesse essa ponte, dificilmente conseguiriam sustentar a trama e ainda, justificar o possível conflito. Ora, seria como em Esquadrão Suicida (2016), onde existe uma problemática entre vilões e não há nenhum herói ali para intervir. Confuso, não?

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O que podemos elogiar é a caracterização dos simbiontes. O visual do Venom é marcante e assustador. Sua força é imponente, assim como a dos outros simbiontes. O CGI é bom, de fato não nota-se algo extremamente discrepante, porém é nítido o trabalho dos profissionais gráficos em todas as cenas de ação.


Venom (2018) é um filme fraco, que tenta ser algo que não é, ou diria que, não conseguiu ser. No meio é notado um tom sarcástico na relação entre o Eddie e o Venom, o que leva o tom do filme para uma comédia, digno de alguns risos na sessão em que estávamos, onde talvez não fosse muito a intenção do projeto, haja visto que em certos pontos do filme, principalmente no inicio, tenta ser assustador. Portanto, não se posiciona e isso prejudica o resultado da obra. Afinal, não se posicionar também é se posicionar, de certa forma.

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O desfecho se resolve rapidamente e de maneira confusa, onde do meio para o fim, outro simbionte toma as rédeas dos acontecimentos – problema: de forma inexplicável, o cientista Carlton Drake, também é capaz de hospedar um simbionte, como o Eddie Brock – e cria uma problemática rápida fazendo com que o Venom simpatize-se com a humanidade e passe a pensar no bem dela. O que é isso? Venom se identifica com Eddie afirmando: "no lugar de onde eu vim, eu também era um perdedor". E finalizam o arco superando todo esse problema causado pelo outro simbionte em uma cena que, mais uma vez, te leva a acreditar em algo que de fato não irá acontecer. Só quem morre nesse universo é o Tio Ben mesmo.


A título de curiosidade, temos uma referência clara à Star Wars no último ato, além da presença do famoso "Wilhelm scream", efeito sonoro utilizado repetidamente em produções cinematográficas e televisivas.

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Como sempre costumo afirmar: vá, assista ao filme, tire suas próprias conclusões. Não tenho dúvidas de que terá sua diversão, ainda que o filme seja, como pontuamos, fraco. Sua opinião é a que importa!


O filme tem duas cenas pós-créditos. A primeira é importante para os acontecimentos presentes no filme e introduz mais um grande ator à franquia. A segunda é importante para o universo de modo geral, trazendo novidades sobre futuros projetos que logo virão às telas.

Um grande abraço à todos os leitores e até a próxima crítica.


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