Calma, calma, muita calma nessa hora. O título é mesmo pra chamar a atenção. A atração anual que a Globo sempre exibe em agosto é uma, senão a principal, ação de responsabilidade social da quarta maior emissora do planeta. Ao completar 25 anos, já beneficiou centenas de milhares de crianças. Não há como discutir a grandeza da proposta. Mas como programa de televisão, Santa Clara, padroeira da telinha que me perdoe, é de uma chatice extremada.
A tentativa de fazer um grande musical ontem até que foi bem intencionada. Mas faltou ritmo, principalmente. E o que são aqueles atores disfarçando a leitura do texto? Para quem não é do meio, apresentadores costumam usar um aparelho chamado teleprompter, que é acoplado à câmera e exibe o texto na altura dos olhos, dando coloquialidade à narrativa. Ali, naquele ginásio imenso, certamente havia um equipamento ultramoderno, transparente. Quem estava no local, certamente não o percebeu. Mas pra quem estava em casa...
Será que não tinha uma maneira de só arrecadar as doações sem esta chatice sem fim? Ou produzir textos melhores? Ou esquecer que um dia Sandra Annemberg tentou ser atriz e como apresentadora é pura canastrice?