A loira mais querida do Brasil volta ao ar hoje, no SBT, sob tratamento quimioterápico após a descoberta de um câncer. É um momento especial para a televisão brasileira. E isso tem uma razão muito simples: Hebe Camargo talvez seja a personalidade mais amada entre as celebridades televisivas. A maior prova foi o grande espaço que a principal emissora brasileira dedicou-lhe por conta da doença. E mais: liberou Roberto Carlos, que tem contrato de imagem com a Globo, grande amigo da apresentadora. Também devem dar as boas vindas a ela, Xuxa e Ana Maria Braga, só para ficar nos globais, além do emblemático Silvio Santos, tão avesso a aparições exceto os programas que comanda na própria emissora.

Hebe Camargo é ótima. Acho que é a avó que todos desejamos ter. Rica, feliz, bem sucedida. É o tipo de pessoa que demonstra uma grande alegria em viver, em estar presente na televisão. O título de post não é à toa. Hebe fora escalada para cantar o hino da TV no dia da inauguração da primeira emissora, em São Paulo, lá nos idos de 1950. Na última hora, preferiu dar uns beijos num namorado da época, passando a incumbência para Lolita Rodrigues. Além dos livros de história, isso é dito e redito por ela, com a gostosa gargalhada que só ela consegue dar.

Hebe é uma mulher muito simples. Fala a língua do povo, com aquele jeitão meio brega e exagerado de ser, que encanta novos ricos e quatrocentões paulistanos e brasileiros, por extensão. É um emblema, uma marca, uma referência. Hebe é uma gracinha tão querida, que certamente deixaria a televisão muito mais triste. Hoje eu vou ver o programa. Quietinho, em casa, vou torcer para que ela se recupere e continue no ar por muitos e muitos anos. Hebe é uma querida. E não haveria data melhor para ela retornar que o Dia Internacional da Mulher, não?