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"Tempos Modernos" é um equívoco sem fim

28 mai 2010 às 17:46

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Dias atrás estava de molho, em casa, por conta de uma gripe e juro que até tentei assistir um capítulo inteiro. Confesso que não consegui. Aliás, tentei fazer isso várias vezes desde que a novela estreou, mas é bem difícil. E não é porque o texto em si seja ruim. É o conjunto que não funciona. Bosco Brasil é um premiado autor de vários espetáculos teatrais. Foi colaborador durante anos de outros novelistas da Globo. Mas, infelizmente, não conseguiu sucesso nesta primeira empreitada.


No começo, Tempos Modernos parecia que estava fora do timing. As piadas eram totalmente deslocadas e dava sempre a impressão que a gente estava tentando rir meio atrasado. A trama que envolvia o supercomputador simplesmente passou a ser ignorada porque não agradou ninguém. Talvez nem mesmo a mãe do autor. Grazi Massafera como vilã parece uma bonequinha deslocada. E por aí vai.

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Antonio Fagundes, que na minha modesta opinião, nunca foi um grande ator, parece que vai incorporar o Juvenal Antena, de Duas Caras, a qualquer cena. É sempre o mesmo. As duas únicas exceções são Eliane Giardini e Marcos Caruso, que conseguem imprimir um mínimo de verdade nas cenas em que aparecem. O resto, é simplesmente para esquecer.


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