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A faculdade de direito não nos ensina a advogar

30 dez 2016 às 17:45
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Quando ingressei na faculdade de direito, em 2007, logo iniciei estágio no escritório de advocacia da família. O começo foi estranho, não compreendia os termos, conceitos e a instrumentalidade, não sabia o que era um processo judicial e era grande a incerteza: "Como aprender tudo isso?".

O tempo foi passando e quanto mais me dedicava ao estágio, mais fácil parecia o curso. Fui adquirindo autonomia no escritório, passei a atuar nos casos que me interessavam mais, atender clientes e acompanhar audiências. Viajava bastante, conhecendo a dinâmica do Judiciário de cada Comarca e adquiri habilidades de negociação, persuasão e estratégia.

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Nas aulas, isso fez toda a diferença. Enquanto 90% da sala parecia perdida em algumas lições, eu me sentia à vontade e, principalmente, empolgado por já ter vivido na prática o que o professor ensinava.

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Quanto mais o estágio exigia de mim, mais eu gostava. A timidez, que sempre me limitou, começou a ir embora. Em pouco tempo, vieram resultados bastante satisfatórios, vitórias judiciais que me abriram os olhos - eu tinha o dom para advogar.

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Cresci numa família "do direito". Muitos advogados, promotor, delegado, procuradores. Pude conhecer o dia-a-dia deles de perto e perceber muito cedo que a rotina que mais me atraía era a da advocacia, com seus desafios e potencial infinito.


O estágio foi o ponto crucial para que a prova da OAB fosse apenas uma fase, que venci sem precisar me afogar em livros. Não digo que passei sem estudar, pelo contrário (!), estudei muito, na prática do estágio.

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Porém, quando me formei, em 2011, a advocacia ainda não tinha sido tão afetada pelas redes sociais e pelo mundo disruptivo que tempos hoje. Por isso, eu não dominava habilidades que hoje são essenciais ao advogado: marketing (nos limites éticos, claro), controle financeiro, solução extrajudicial de conflitos, gestão de pessoas, networking, dentre outras.


Ao abrir meu próprio escritório, em 2015, o cenário era bem diferente, com o mercado hostil e congestionado, 1 milhão de advogados ativos no país e uma dúvida me veio à mente: como crescer com tanta concorrência, como me fazer notar?

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Dois foram os meus combustíveis: a necessidade de crescer rápido e minha paixão pela profissão.


Comecei a consumir conteúdo sobre marketing digital e vendas, buscando adaptar à advocacia, especialmente respeitando o regramento ético disciplinar da Ordem.

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Aprendi ideias simples, mas que nenhum advogado é ensinado durante a graduação: faça seu cartão, avise a todos os seus amigos próximos e familiares que está abrindo seu escritório, fale sempre com entusiasmo sobre a profissão, mantenha postura educada e conduta ilibada, aprenda a ouvir o cliente, etc.


O que era incerteza começou a dar certo, surgiram oportunidades fantásticas, que plantei com muito suor e das quais sou infinitamente grato.

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A cada dia minha mente se abria mais e percebia novos problemas e soluções, o que é basicamente a essência do empreendedorismo.


Não demorou para me dar conta de que o problema no mercado jurídico não é o número de advogados, mas a postura da maioria destes.

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Explico. Uma coisa que aprendi bem cedo é que não se deve ceder quanto ao preço do serviço, somente quanto à forma de pagamento. O advogado presta um serviço personalizado, artesanal e técnico, e sabe o quanto custou para se preparar a tal ponto.


Ocorre que muitos, na busca cega por clientes, jogam seus preços a níveis indecentes, proibidos pela OAB (fazendo um audiência por R$ 20, por exemplo).


O que não sabem esses profissionais é que é impossível prestar um serviço de qualidade a tal preço, pois será necessário um número altíssimo de clientes para se manter financeiramente. Quanto mais clientes, menor é o tempo e a atenção que o advogado conseguirá atribuir a cada caso.


Resultado disso: a desvalorização da advocacia, serviços mal prestados e os bons profissionais acabam pagando a conta.


Insatisfeito com toda essa novela, resolvi fazer minha parte e transmitir mensagens de valorização da advocacia, que aprendi na prática da qual brevemente falei no início, direcionadas a estudantes de direito e advogados em início de carreira.


Se todos se valorizarem, os clientes entenderão a mensagem e preços mais dignos passarão a ser praticados. O serviço será de maior qualidade e o advogado ficará satisfeito.


Para isso, uso as mídias sociais, especialmente através do @advlider (Instagram) e www.facebook.com/advogadolider.


A ideia é corresponder com profissionais de todo o país, orientando-os e aprendendo com todos eles.


O perfil tem recebido um feedback surpreendente, mais de 6 mil pessoas seguindo em pouco mais de 2 meses, desde quando passei a movimentá-lo.


Tão bom foi o começo, que decidi organizar conteúdos em formato de Cursos. O primeiro, chamado "Advogado, Empreendedor", terá inscrições iniciadas em 02/01. Mais informações podem ser obtidas no próprio Instagram, onde explico com mais detalhes.


Serão 28 capítulos, 1 por semana, em vídeo. Mais de 21 horas de conteúdo.


O Curso terá os seguintes capítulos:


1. OS PILARES DA ADVOCACIA MODERNA


2. INICIATIVA E AUTONOMIA


3. VISÃO DE MERCADO E OPORTUNIDADE


4. PERSPECTIVAS DO MUNDO V.U.C.A.


5. VOCÊ, DE INICIANTE À AUTORIDADE


6. VOCÊ, O EMPREENDEDOR


7. MARKETING JURÍDICO


8. NETWORKING


9. FORMAS DE CAPTAÇÃO DE CLIENTES


10. PARCERIAS


11. ADVOGADO ASSOCIADO


12. SOCIEDADE DE ADVOGADOS: time multifacetado


13. COMO SELECIONAR COLABORADORES, ASSOCIADOS, SÓCIOS, ESTAGIÁRIOS E PARCEIROS


14. ESTRUTURA MÍNIMA VIÁVEL DE UM ESCRITÓRIO


15. DEFININDO A ÁREA DE ATUAÇÃO


16. AVALIANDO RISCOS E NEGOCIANDO ACORDOS


17. CONTRATO DE HONORÁRIOS


18. RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES


19. PRERROGATIVAS DO ADVOGADO


20. O NOVO CPC: O que realmente mudou


21. ATENDIMENTO AO CLIENTE: Do primeiro contato à assinatura do contrato de honorários


22. ATENDIMENTO AO CLIENTE: O início do caso e a estratégia


23. ATENDIMENTO AO CLIENTE: Procedimento e resultado


24. ATENDIMENTO AO CLIENTE: encerrado o caso! E agora?


25. POSTURA E ETIQUETA


26. HABILIDADES DO ADVOGADO MODERNO


27. A VIDA FORA DO ESCRITÓRIO


28. CRIATIVE-SE!



Pela valorização da advocacia! Profissão que amo!


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