Ferido no rosto por um disparo de arma de fogo durante o protesto ocorrido na última quarta-feira (24), o aposentado Carlos Geovani Quirino passará por uma cirurgia de reconstituição do maxilar. Segundo o filho dele, o segurança Geovanni Luiz Quirino, o pai está sendo mantido em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.
Depois de quase três dias sem informações detalhadas sobre o estado de saúde do pai, a família recebeu hoje (27) um relatório completo dos médicos que acompanham o pai no Hospital de Base, onde o aposentado está internado. Eles receberam a confirmação de que o projétil não atingiu a faringe nem a coluna cervical.
"Apesar da situação dele, o bom é que fomos informados sobre a parte clínica. Tivemos uma boa resposta. Saímos de lá mais tranquilos. Estávamos aflitos com a falta de informações", disse Quirino, que veio de Belo Horizonte com um irmão e uma prima para acompanhar a situação do pai.
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Segundo Quirino, os médicos informaram que o pai foi atingido no lado direito do rosto por um projétil que está alojado entre o maxilar e a nuca. Inicialmente, segundo ele, a bala não será retirada. De acordo com ele, o relatório repassado à família hoje pelo Hospital de Base será enviado a médicos na capital mineira para analisar a possibilidade de transferência do pai. "Lá, ele vai estar mais próximo da família", explicou.
Ao todo, 49 pessoas que estavam na Esplanada dos Ministérios durante o confronto entre policiais e grupos de manifestantes mascarados receberam atendimento médico. Quatro precisaram ser internadas, entre elas um estudante de 21 anos que perdeu três dedos da mão direita ao lançar um artefato em direção a um policial.