Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Saudades

Defesa pede exame de sanidade mental para autor de atentado a creche em Santa Catarina

Folhapress
06 mai 2021 às 15:28
- Emerson Dias/N.com
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A defesa de Fabiano Kipper Mai, 18, que matou duas professoras e três crianças e tentou cortar o próprio pescoço em ataque a uma creche em Saudades (SC), pediu à Justiça um exame para avaliar sua sanidade mental.


Se for constantado que o homem estava consciente no momento do crime, ele será julgado pelo Tribunal do Júri. Mas caso o exame aponte que ele não pode responder por seus atos, em vez de uma condenação penal pode ser aplicada uma medida de segurança, com internação para tratamento.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O juiz Caio Lembruber Taborda, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, decidiu não deferir o pedido ainda porque Fabiano segue internado em estado grave, na UTI, sem previsão de alta. Por isso, não prestou depoimento à polícia até agora.

Leia mais:

Imagem de destaque
Entenda

Veto a procedimento de aborto legal já afeta atendimentos a meninas estupradas

Imagem de destaque
Naturismo

Conheça as principais praias de nudismo do Brasil e do mundo

Imagem de destaque
Recorde de mortes em um ano

Brasil tem média de 11 mortes por dia por dengue em 2024

Imagem de destaque
Recurso negado

Justiça mantém condenação de 50 anos a ex-deputada Flordelis


Segundo o advogado Kleber dos Passos Jardim, nomeado pela Justiça catarinense para o caso, Fabiano era antissocial. "Um menino fechado, conversava pouco, não tinha amigos, e se trancava no quarto com os jogos de tiros e violência", afirmou ao jornal Folha de S.Paulo.

Publicidade


Ele abandonou os estudos durante a pandemia porque sofreria bullying, segundo familiares, e trabalhava na principal empresa de produção têxtil da cidade de 5h às 15h. Foi no intervalo do trabalho, às 9h, que ele foi até a escola executar o ataque. Um dia antes, ele conversou sobre tirar a carteira de motorista com um colega de trabalho e parecia estar bem.


"A gente não sabe a proporção do bullying, o que incomodava ele. Mas o comportamento é típico desses massacres em escolas que infelizmente aconteceram aqui no Brasil e internacionalmente. Está encaminhando para essa linha, ele tem características de ser esse tipo de pessoa", afirmou o advogado.

Publicidade


Já os pais do jovem são descritos pelo defensor como "pessoas muito simples, analfabetos". Eles estão tratando o episódio como uma perda do filho.


"O pai e a mãe estão sem condições, tanto por quem foi atingido quanto pelo Fabiano. É como se eles tivessem perdido o filho, seja pela questão prisional, de ficar anos detido, seja pela questão clínica, de que ele pode morrer. Estão tentando aceitar essa situação", disse o defensor.

Publicidade


Kleber dos Passos é de Indaial, cidade próxima a Blumenau, do lado norte do estado de Santa Catarina. Outros advogados haviam sido indicados pela Justiça para assumir o caso, mas, por serem da região de Saudades, se negaram a defender Fabiano.


Na mesma decisão, o magistrado Taborda determinou a quebra de sigilo de dados do suspeito, solicitada pelo promotor de justiça Douglas Dellazari. Os investigadores estão analisando o notebook e o pendrive apreendidos na casa onde ele mora com os pais.

Publicidade


Junto com os depoimentos colhidos pela polícia, é esse material a principal chave para definir o perfil do jovem e entender a motivação para o ataque.


Além do notebook, a polícia apreendeu também o facão e a faca usados no crime, R$ 11 mil em dinheiro, um video game e um jogo da franquia GTA.

Publicidade


O facão é inspirado em uma espada ninja. A arma branca, de fabricação nacional, tinha lâmina de aço inoxidável e cerca de 40 cm. Bombeiros que resgataram Fabiano contaram que ele perguntava quantas pessoas tinha matado.


Taborda acatou, no mesmo despacho, um pedido do Ministério Público e converteu a prisão em flagrante de Fabiano em prisão preventiva.

Fabiano foi autuado por cinco homicídios triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio triplamente qualificado, segundo a polícia. O agressor agiu por motivo torpe com uso de meio cruel e utilizou recurso que impossibilitou a defesa –contra crianças com menos de 2 anos de idade e professoras indefesas, que estavam em seu horário de trabalho.
A tentativa de homicídio foi a do bebê que ficou ferido durante o ataque e segue internado em Chapecó. Nesta quarta (5), ele recebeu alta da UTI e seu quadro clínico é considerável estável.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade