Uma garota de 17 anos de Ibitinga (355 km de Londrina), no interior de São Paulo, estaria sendo mantida em Londrina contra a própria vontade, depois de ter desaparecido com uma amiga maior de idade na quarta-feira (10). Segundo familiares de Emanuelly Soares Delfino Paixão Gomes, a adolescente estaria privada de comunicação com os parentes, mas teria conseguido confirmar para uma amiga, na manhã de sábado (13), que estava no Terminal Rodoviário de Londrina, mas que poderia seguir para Curitiba. A empresa que faz a linha Ibitinga - Londrina confirmou que as duas saíram de Ibitinga à meia-noite de 11 de outubro e seguiram para Londrina.
A irmã mais velha de Emanuelly, Heloíse Soares de Souza, de 25 anos, afirma que a adolescente estudava no Senai há um ano, onde criou laços de amizade com outra moça, maior de idade, chamada Michele. De acordo com Heloíse, na quarta-feira da semana passada, Emanuelly foi para a aula, mas não voltou.
Com amigos da garota, a irmã de Emanuelly obteve informações de que ela teria viajado com Michele, que não tem laços com a própria família. Para convencê-la a acompanhar na viagem ao Paraná, onde também não tem parentes, ela teria dito à amiga que tem problemas de saúde e que, sem a companhia dela, poderia ter uma piora ou até poderia tirar a própria vida. "Ela está sendo mantida [refém] contra a própria vontade", diz a irmã.
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Ainda segundo Heloísa, Emanuelly viajou sem celular e Michele impediria o contato por redes sociais, mas, no sábado de manhã, uma amiga teria conseguido contatar a adolescente. A informação já foi fornecida para a Polícia Civil de Ibitinga, que registrou boletim de ocorrência do desaparecimento. O caso foi encaminhado para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara (interior de SP), sede da seccional regional.
Ao emitir o BO, a Polícia Civil determinou o bloqueio do RG da garota, o que pode prejudicar deslocamentos intermunicipais. Viagens em ônibus convencionais podem ser feitas por qualquer pessoa acima de 12 anos, desde que com a apresentação do documento.
A mãe de Emanuelly escreveu um texto para ela nas redes sociais:
A família pede que, caso alguém tenha informações, acione a polícia ou entre em contato pelo WhatsApp (11) 94588-0454.