Um grupo de hackers autodenominado LulzSecBrazil assumiu na madrugada desta quarta-feira (22) que tirou do ar os sites da Presidência da República (www.presidencia.gov.br) e do governo brasileiro (www.brasil.gov.br). O anúncio de que os sites sairiam do ar foi anunciado via Twitter pelo grupo por volta da 1 hora da manhã. Os sites, porém, já voltaram ao ar.
O grupo brasileiro se diz uma filial do grupo estrangeiro LulzSec (Rindo da Segurança), que defende o ataque contra sites de governos, bancos e grandes corporações globais. O grupo internacional LulzSec usou o Twitter para cumprimentar a representação brasileira pelo feito. "Nossa unidade brasileira está fazendo progresso. Bem feito @LulzSecBrazil, irmãos!", afirmou.
O grupo de hackers Annonymous também publicou na madrugada um vídeo no YouTube em que anunciam, junto com os hackers do LulzSec, que fariam uma invasão aos sites governamentais. Na divulgação, eles convidam a todos a participarem da defesa da internet livre e da promoção de ataques virtuais contra o que consideram governos corruptos.
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"É hora de mostrar a governos corruptos do mundo que eles não têm direito de censurar o que não possuem. Não importa a cor da sua pele, origem ou crenças, nós convidamos você a se juntar a nós em nossa luta contra a censura e os governos corruptos", afirmam.
Governo diz que impediu invasão
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República afirmou, por meio de nota divulgada na manhã desta quarta-feira (22), que o Serviço de Processamento de Dados (Serpro) detectou na madrugada uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Portal Brasil e Receita Federal.
Segundo a nota da Presidência, "o sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ação dos hackers, o que levou ao congestionamento das redes, deixando os sites indisponíveis durante cerca de uma hora". Os dados e informações destes sites estão absolutamente preservados, segundo a nota.
Em entrevista à rádio Estadão ESPN, o diretor-superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Gilberto Paganato, confirmou a ação. "Os sites ficaram indisponíveis, mas nada foi afetado. Não violaram nosso sistema, só congestionaram o acesso", explicou.