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5ª Marcha

Imigrantes fazem manifesto pelo direito a voto

Agência Brasil
04 dez 2011 às 17:22

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Com participação majoritária de bolivianos, um grupo de cerca de 250 pessoas, representando os imigrantes que vivem na cidade de São Paulo, saiu em passeata, no início da tarde deste domingo (4), na 5ª Marcha dos Imigrantes, cujo tema foi Por Nenhum Direito a Menos. Com faixas, cartazes e a ajuda de um carro de som, os manifestaram defenderam mudanças no Estatuto do Estrangeiro que lhes permita juntar-se aos brasileiros na hora do voto.

A caminhada partiu da Rua Barão de Itapetininga, no centro da cidade de São Paulo, e seguiu rumo à Praça da Sé, com paradas para leitura de um manifesto em frente ao Teatro Municipal e na calçada do Viaduto do Chá, diante do prédio da prefeitura de São Paulo. Entre eles, estavam integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Força Sindical.

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"Estamos em campanha, em vários locais, para mostrar que o imigrante tem de sair da invisibilidade para conquistar os seus direitos. Não é só vir para o Brasil trabalhar e conquistar, simplesmente, um cartão de residência. Tem de buscar melhores condições de saúde, educação e o direito de voto, de cidadania completa", argumentou Roque Patússi, coordenador do Centro de Apoio aos Imigrantes.

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Ele informou que as reivindicações serão encaminhadas a representantes das três esferas de governo: municipal, estadual e federal. No manifesto, os imigrantes destacaram que "Aqui Vivemos. Aqui votamos" e justificaram que o momento de "crise do capitalismo e da precarização do trabalho" é oportuno para mudar o conceito da "criminalização das migrações pelo paradigma dos direitos humanos, cidadania plena e integração dos povos".


De acordo com Patússi, dos cerca de l,5 milhão de imigrantes estimados no país, vivem, em São Paulo, cerca de 250 mil bolivianos, 80 mil paraguaios e 50 mil peruanos e um número menor de pessoas vindas de outras nações.

O ato faz parte das comemorações alusivas ao Dia Mundial dos Imigrantes e ao vigésimo primeiro aniversário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e de Suas Famílias. Também está associado ao Dia da Ação Global Contra o Racismo e Xenofobia, pelos Direitos dos Migrantes e Refugiados.


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