Chuva forte, trovoadas, neblina e nevoeiro chegam a triplicar a porcentagem de atrasos de voos nos aeroportos do País. Dados do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) mostram que os terminais de Guarulhos, Brasília, Galeão e Curitiba estão entre os que mais sofrem com o mau tempo.
Segundo o Decea, em um dia normal, o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, tem uma média de 5,3% de atrasos. Em dias de impacto meteorológico - principalmente nevoeiro -, o índice sobe para 16,7%.
Em outras cidades, como Brasília e Curitiba, a média quadruplica. A Gol considera que os aeroportos do Sul (Porto Alegre, Caxias do Sul, Joinville, Navegantes, Curitiba, Londrina e Maringá) são os mais afetados.
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Informação digital
Para tentar minimizar os impactos meteorológicos no dia a dia do passageiro, o Decea instalou uma nova tecnologia - chamada D-Volmet - que envia ao piloto, em segundos, dados sobre condições climáticas que o ajudam a tomar decisões sobre desvio de rota ou até necessidade de pouso em outro aeroporto.
Informações desde uma turbulência em rota até um nevoeiro que acabou de tornar inviável o pouso em determinado aeroporto serão transmitidas ao piloto em tempo real. Para isso, basta que ele digite o código do aeroporto ou da área e receba automaticamente dados como velocidade do vento e formação de nuvens. Tudo sem a necessidade de contato verbal entre piloto e torre.
Hoje, essas mesmas informações estão disponíveis, mas via rádio: o piloto escolhe uma frequência, faz contato com a torre, solicita as informações meteorológicas, espera, ouve de volta as respostas e, às vezes, precisa anotá-las. Tudo isso, no entanto, fica sujeito a ruídos de comunicação, sobretudo entre pilotos estrangeiros e os meteorologistas da torre.
O sistema foi fornecido pela empresa Sita e comprado pela Aeronáutica por R$ 750 mil. A maioria das aeronaves do País tem tecnologia compatível para receber as informações meteorológicas digitalmente - 51% da frota da Gol e toda a frota da TAM. A Gol quer 100% dos aviões com o sistema até 2013.
"Existe na França e na China, por exemplo. É importante para tripulações estrangeiras voando no Brasil, oferece mais segurança no entendimento das mensagens", diz Adriana Mattos, gerente de Desenvolvimento da Sita. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.