O governo federal propôs um reajuste de 15,8%, a ser concedido ao longo de três anos, aos delegados e peritos da Polícia Federal (PF). Ao contrário de agentes, escrivães e papiloscopistas, eles não paralisaram as atividades, mas estão mobilizados, e parte da categoria já aprovou indicativo de greve.
A informação sobre o percentual de reajuste foi divulgada, em entrevista, por representantes da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) e da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF). Líderes dessas entidades de reuniram na manhã de hoje com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento. A proposta será votada em assembleias na semana que vem.
Segundo o presidente da ADPF, Marcos Ribeiro, a proposta do governo está aquém do pleiteado pelos servidores. De acordo com ele, os delegados e peritos reivindicam reajuste de 30% para repor perdas inflacionárias de 2009 a 2012.
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Também participaram do encontro os presidentes da Fenadepol, Amaury Portugal, e da APCF, Hélio Buchmüller. Os dois também ficaram insatisfeitos com a proposta do governo.
Agentes, escrivães e papiloscopistas foram recebidos ontem (16) por Sérgio Mendonça. Na reunião, o governo não propôs um percentual de reajuste. Foi agendado um novo encontro para a próxima terça-feira (21).
Neste momento, o secretário de Relações do Trabalho Ministério do Planejamento está reunido com representantes da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), que representa 80% do funcionalismo público. Ao longo do dia, Sérgio Mendonça receberá integrantes de outras entidades e sindicatos.
Amanhã (18), ele se reunirá, às 10h30, integrantes das carreiras do ciclo de gestão, que estão em greve, e às 11h30, com advogados públicos federais, que ainda não iniciaram a paralisação.