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Após 12 dias

Termina a greve dos PMs na Bahia

BBC Brasil
12 fev 2012 às 08:17

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O comando de greve dos policiais militares e bombeiros baianos decidiu encerrar a greve, após 12 dias de paralisação. A decisão foi tomada em uma assembleia que começou às 16h de sábado, no centro de Salvador.

Os servidores de segurança deverão voltar à ativa no domingo, de acordo com informações do jornal Correio.

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As negociações preveem que os PMs e bombeiros terão o reajuste salarial de 6,5% retroativo a janeiro deste ano, que havia sido prometido pelo governo, e que os policiais que participaram da greve não serão presos.

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Representantes dos grevistas disseram que a paralisação estava terminando "pelo bem da sociedade" e não por causa do Carnaval, que acontece dentro de cinco dias.

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Segundo o Correio, os PMs decidiram utilizar a via judicial para tentar negociar a liberação dos grevistas presos, entre eles o líder do movimento, o ex-PM Marco Prisco.


Fim gradual

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Na última sexta-feira, os policiais já haviam decidido pôr fim à greve em cidades do sul do Estado, como Ilhéus, Itabuna e Porto Seguro.


Horas antes, o comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, disse em entrevista coletiva que cortaria o ponto dos policiais que mantivessem a greve no Estado, ou seja, que o comando deixaria de entender as faltas como adesão ao movimento grevista.

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Em greve desde 31 de janeiro, os policiais baianos iniciaram a paralisação pedindo mudanças salariais e anistia administrativa para os PMs grevistas. Depois, passaram a exigir também a revogação dos mandados de prisão dos líderes da greve.


O aumento na violência ocorrido simultaneamente à paralisação fez com que o Exército fosse enviado ao Estado. O turismo na capital baiana também foi prejudicado pelo clima de insegurança.

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Na última quinta-feira, o líder da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, foi preso, após a divulgação de gravações telefônicas feitas pela Justiça em que ele era ouvido planejando atos de vandalismo em Salvador.


Horas depois, uma assembleia dos PMs grevistas votou pela continuidade da greve, mas 85% do servidores voltaram às ruas, segundo o coronel Castro.

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Em negociações para o fim da greve, o Estado anunciou que deixaria de lado inquéritos administrativos contra os policiais grevistas, mas disse que a Justiça não pode abrir mão de processar aqueles que tenham cometidos crimes durante a paralisação.



Rio de Janeiro

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Também neste sábado, o Sindicato da Polícia Civil do Rio anunciou que suspendeu sua participação na greve dos servidores de segurança do Estado. Policiais militares e bombeiros mantêm a paralisação.


Em anúncio, o diretor jurídico do sindicato, Francisco Chao, disse que a greve dos policiais civis está suspensa até a próxima quarta-feira, quando a categoria reavaliará a decisão em uma assembleia.


Segundo Chao, os motivos para a suspensão da paralisação foram o receio dos policiais sobre o possível aumento da violência e de roubos por causa da greve e a baixa adesão dentro das categorias ao movimento.


"As ruas estão cheias de viaturas da PM e é difícil acreditar em movimento reivindicatório sem adesão", disse Chao.


Segundo a Agência Brasil, Cristiane Daciolo, mulher do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros, um dos líderes do movimento, disse que como uma das porta-vozes dos bombeiros, não pode se posicionar sobre a greve enquanto seu marido está no Complexo Penitenciário e no mesmo dia em que 15 bombeiros foram presos no Grupamento Especial Prisional (GPE).


Daciolo foi preso na última quarta-feira, depois da divulgação de conversas telefônicas em que ele articulava a liderança do Rio à greve dos servidores de segurança da Bahia.


"Amanhã [12], teremos em Copacabana um ato de repúdio às prisões e logo depois faremos uma assembleia para definir os próximos passos", disse Cristiane Daciolo, citada pela Agência Brasil.


Na última sexta-feira, o primeiro dia da greve no Rio, o chefe do Estado Maior Administrativo da PM carioca, coronel Robson Rodrigues da Silva, disse à BBC Brasil que a situação estava "controlada" com as "medidas enérgicas" tomadas pela Polícia Militar para conter a paralisação.

Neste sábado, blocos de rua já começaram a desfilar nas ruas da cidade, que se prepara para o Carnaval.


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