A explosão do preço do petróleo pode ameaçar o cumprimento da meta de inflação e a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiros deste ano.
A cotação do petróleo em Nova York (West Texas Intermediate) atingiu na sexta-feira o nível mais alto dos últimos 21 anos, de US$ 41,38 o barril e, segundo analistas, o preço do combustível não deve cair tão cedo.
Segundo Fatih Birol, economista-chefe da Agência Internacional de Energia, o crescimento da demanda na China e nos Estados Unidos, somado às tensões geopolíticas no Oriente Médio, está levando o mercado à histeria e puxando as cotações para níveis pré-choque.
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''Os países emergentes serão os mais afetados, porque o uso de petróleo em relação ao PIB é maior do que nas nações desenvolvidas'', disse Birol à reportagem.
Em estudo que acaba de concluir em parceria com pesquisadores do Fundo Monetário Internacional (FMI), Birol estima que a alta do petróleo vai elevar a inflação brasileira em 2 pontos porcentuais, reduzir o crescimento do PIB em 0,4 pontos porcentuais e reduzir o superávit comercial em 0,4 pontos porcentuais (como proporção do PIB).
Mesmo assim, diz Birol, o Brasil será menos prejudicado do que países mais dependentes de importação de petróleo, como a Índia, que pode perder 1 ponto porcentual de seu crescimento.