O presidente da Câmara Americana de Comércio no Brasil, John Edwin Mein, defendeu em Curitiba que o Brasil inicie o mais rápido possível entendimento com os Estados Unidos para melhorar as relações comerciais entre os dois países. Segundo Mein, a aproximação deve se dar independente da negociação em torno da formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Mein esteve em Curitiba a convite do presidente da Associação Comercial do Paraná, Marcos Domakoski, para falar sobre as vantagens e desvantagens da Alca. O palestrante se mostrou um defensor da união das Américas, garantindo que os benefícios não ficariam restritos aos países desenvolvidos.
O Brasil é o País que mais apresenta restrições a formação da área de livre comércio. Em recente viagem aos Estados Unidos, o presidente Fernando Henrique Cardoso deixou claro que as negociações têm de começar a partir de 2005 para que o Brasil tenha tempo de fazer suas reformas.
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Para o presidente da Câmara Americana de Comércio, acelerar as discussões para formação da Alca e impor um calendário serão fatores positivos para estimular o Brasil a fazer suas reformas. "O Brasil tem um tempo marcado para implementar as reformas e se preparar para a Alca", afirmou.
O problema é que outros países não seguiram o mesmo exemplo e estão negociando com os Estados Unidos, entre eles Argentina e, mais recente, o Uruguai. Para o presidente da Câmara de Comércio, os acordos individuais não prejudicarão a formação da Alca ou o andamento do Mercosul.
"O Brasil deveria negociar direto com os Estados Unidos para resolver as pendências comerciais. Isso não atrapalha em nada o Mercosul", afirmou.
Os Estados Unidos restringem as relações comerciais com a indústria brasileira do aço, do suco de laranja industrializado e, principalmente, com os produtos agropecuários. O governo norte-americano impõe restrições e faz política protecionista.