O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Bruno Ubiratan, avalia que o atraso nas obras da Cidade Industrial causado pelo descumprimento do contrato por parte da empresa vencedora da licitação não pode ser considerado um fator determinante para se analisar o atual cenário de industrialização em Londrina.
Ao comentar a análise feita pelo economista Marcos Rambalducci, em reportagem publicada pela FOLHA na edição da última segunda-feira (2), de que a cidade sofre com a desindustrialização ao longo das últimas duas décadas, Ubiratan pontuou que o panorama atual difere daquele encontrado no passado recente.
“Ao longo do tempo a gente só ouvia falar que Londrina perdia indústria, que estavam todas indo para cidades vizinhas. Hoje o cenário é diferente. Temos um trabalho muito forte voltado para que Londrina não seja apenas prestadora de serviços, mas que seja industrializada, tecnológica, inovadora, e com potencial turístico. Esses são os três pilares que a gente trabalha aqui”, argumenta.
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Na lista de atração de empresas, Ubiratan cita a planta industrial da Rizobacter, a unidade da BRF, a J.Macêdo, o centro de distribuição do Magazine Luiza, além das ampliações da Atlas Schindler e da TCS (Tata). “São investimentos milionários, com geração ampla de empregos que não podem ser ignorados”, pontua.
Sobre os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) que mostram Londrina no azul no saldo de empregos no último ano, mas com queda nos postos de trabalho da indústria, Ubiratan expõe que o término do contrato da empresa responsável pela coleta de lixo na cidade acabou por impactar os números. “Apesar de não ser uma indústria, efetivamente, a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) deles está assim registrada e isso causou essa redução nos números do setor no município”, explica.
Ubiratan está confiante que um novo edital da Cidade Industrial seja aberto ainda no primeiro semestre. “É um projeto conceitual muito importante para a cidade e que, infelizmente, sofre com o atraso por questões legais, externas, em que o município não pode pular etapas”, comenta. Segundo o presidente da Codel, a prefeitura conseguiu a quebra de contrato com a construtora após comprovar atrasos no cronograma - apenas 5% da obra foram entregues - além da terceirização da mão de obra.
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