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Primeira redução em 35 semanas

Banco Central estima inflação em 10,05% este ano

Folhapress
13 dez 2021 às 14:43

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- Sergio Lima/Folhapress
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A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerada a inflação oficial do país, diminuiu de 10,18% para 10,05 neste ano. Essa é a primeira redução depois de 35 semanas consecutivas de alta.


A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central), em Brasília, com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos. As informações são da Agência Brasil.

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Para 2022, a estimativa de inflação, do Focus, manteve-se em 5,02%. Para 2023, a previsão apresentou uma redução de 3,50% para 3,46%. Em 2024 registrou uma pequena variação de 3,10%, para 3,09%.

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A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, também com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual.

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Taxa de juros


Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 9,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária), na última reunião do Copom deste ano, realizada na semana passada.

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Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,50% ao ano (na semana passada a estimativa era de 11,25%). E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7% ao ano, respectivamente.


Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

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Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.


PIB e cambio


As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 4,71% para 4,65%. Para 2022, a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,50%. Na semana passada, a estimativa de expansão era de 0,51%. Em 2023 e 2024 o mercado financeiro projeta expansão do PIB de 1,90% e 2%, respectivamente.


A expectativa para a cotação do dólar para o fim deste ano subiu de R$ 5,56 para R$ 5,59. Para o fim de 2022, a previsão permanece em R$ 5,55.

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