Mesmo com o Paraná fora do racionamento de energia, os estabelecimentos bancários do Estado vão adotar novo horário de funcionamento, assim como em todo o Brasil. A medida do Banco Central foi divulgada no dia 1º de junho e será implantada no próximo dia 11. Em Curitiba, onde o atendimento dos bancos ao público é de seis horas, o novo período será das 9 às 15 horas. No Interior do Estado, onde o atendimento é de cinco horas, o novo horário será das 9 às 14 horas. Os bancos 24 horas irão funcionar das 6 às 22 horas.
Segundo a Federação Nacional de Associações de Bancos (Febraban), essa iniciativa, junto com outras medidas, deve gerar uma economia de 24,74% em todo o País. No Paraná, o novo horário vai atingir cerca de 1,2 mil agências. De acordo com a assessoria de instituições bancárias ouvidas pela Folha, como a medida é do Banco Central, ela vai ser respeitada.
O vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Élcio Ribeiro, criticou a medida. "Com certeza ela vai ser muito prejudicial, não só aos empresários, que trabalham de acordo com o horário bancário, mas a toda a população", opina. Ele diz que outras medidas, como utilização de lâmpadas mais econômicas, por exemplo, deveriam ser adotadas. "Vamos ter o acesso prejudicao a um setor muito importante", acrescenta.
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O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, José Daniel Farias, também diz que a população deverá ficar prejudicada com a medida do Banco Central. "A gente estava propondo que os bancos ficassem abertos até as 17 horas para atender melhor o cliente, e essa medida vai contra a nossa proposta", relata. Mesmo assim, Farias afirma que a medida é válida para economizar energia, já que o produto está em falta no Brasil. Segundo ele, o novo horário não influencia o trabalho dos funcionários. "A maioria dos trabalhadores já chega por volta das 8h30 no banco para preparar os serviços", explica.