O Banestado terá hoje a sua primeira paralisação no período pós-privatização. O Sindicato dos Bancários promete fechar a agência Westphalen, no centro de Curitiba. O protesto é contra demissões que estariam sendo feitas pela nova diretoria do Banestado, que tem como dono o Itaú. A diretoria do Itaú negou ontem que haja um programa interno de demissão de funcionários do Banestado.
Segundo o Sindicato dos Bancários, na terça-feira começaram as demissões em alguns setores do banco. Outros departamentos já teriam sido comunicados que deverão optar pela transferência para agências de outros municípios. O presidente do sindicato, José Daniel de Farias, disse ainda que alguns funcionários foram comunicados que teriam dois dias para optar pelo pedido de demissão sem justa causa.
O Banestado não confirma as informações do sindicato. "Não há qualquer processo de demissão em andamento. Eventuais casos pontuais que venham a ocorrer decorrem de decisão administrativas locais e refletem situações específicas", disse a direção do Itaú, pela sua assessoria de imprensa.
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O sindicato critica a postura do Itaú. "O novo controlador do Banestado sequer esperou as festas natalinas para presentear o funcionalismo com demissões", disse Farias. Ele acusa o banco de discriminar funcionários mais antigos e os que estão com Lesão por Esforço Repetitivo (LER).
Quando o Itaú comprou o Banestado em outubro deste ano, ele assumiu a gerência sobre 7,5 mil funcionários. O tempo médio de serviço é de 13 anos, sendo que 50% recebem habitualmente horas extras e têm salário médio de R$ 1,8 mil. O Itaú pretende cortar as horas extras, o que representará uma redução salarial de R$ 600,00.