O crescimento industrial no Brasil deve atingir 6,5% este ano em relação a 1999, o que deixa os empresários mais otimistas neste final de ano. E no Paraná, o índice deve atingir 10%, antecipou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e deputado federal, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que deverá anunciar, oficialmente, os resultados da indústria brasileira no ano 2000, nesta quarta-feira.
O parlamentar e empresário esteve em Curitiba, participando da solenidade de entrega do prêmio CNI "José Mindlin" à indústria de móveis curitibana Flexiv. Apesar do otimismo em relação ao desempenho da indústria este ano, Moreira Ferreira criticou duramente o governo federal pela tentativa de elevar o custo Brasil.
Segundo ele, o empresariado não aceita a criação do fundo Verde Amarelo, que vai direcionar recursos da iniciativa privada para financiar o Ministério da Ciência e Tecnologia com o custeio para a pesquisa e para as universidades federais.
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Outra preocupação apontada pelo parlamentar e que será duramente combatida pela CNI na Câmara dos Deputados é a proposta de Medida Provisória que dá autoridade para o fiscal do governo de quebrar o sigilo fiscal e bancário, assim que a movimentação da CPMF indicar que a movimentação de contas está acima dos rendimentos declarados pelas pessoas físicas ou jurídicas.
Moreira Ferreira esclareceu que como alternativa à MP, o empresariado e a CNI defendem o substitutivo do deputado Nei Lopes, que estabelece que o sigilo fiscal e bancário só pode ser quebrado com autorização judicial, dando prazo de 72 horas para que o juiz se manifeste.
O empresário reconhece que a quebra do sigilo é necessária em casos que evidenciam a sonegação, mas ressaltou que não se pode deixar o assunto no "piloto automático", onde qualquer autoridade de governo passa a ter poder sobre os assuntos internos das pessoas e das empresas. "Isso é invasão de privacidade", resumiu.